5G: peça essencial para a construção do Metaverso
O Metaverso promete ser o próximo passo no caminho da transformação digital, em linha com as tendências disruptivas que já se fazem sentir - algo que não seria possível sem o 5G.
Nos últimos anos, o conceito de Metaverso tem ganho tração, não só dentro dos círculos de Silicon Valley como nas mais diversas indústrias globais. E enquanto esta pode parecer uma ideia futurista - o termo em si deriva do livro de ficção científica Snow Crash, escrito em 1992 - se olharmos para o percurso tecnológico dos últimos dois anos torna-se claro que já estamos a caminhar nessa direção.
Neste período houve uma aceleração sem precedentes da adoção de tecnologia - tudo que pudesse ser tornado virtual, foi, e o que aconteceu em muitos casos foi que estes novos modelos de negócio e de operação se provaram mais eficientes e produtivos, não um mero substituto da realidade anterior, mas o futuro de como trabalhamos e vivemos.
A criação de ambientes virtuais, de fábricas automatizadas a ambientes de trabalho dispersos é já uma realidade. O Metaverso será apenas o próximo passo nesta tendência - e para que tal aconteça, o 5G será uma componente indispensável.
O que é o Metaverso?
O Metaverso - ou, mais corretamente, um Metaverso - é um espaço virtual no qual os utilizadores podem interagir com e dentro de um ambiente gerado computacionalmente através de realidade virtual e realidade aumentada, suportadas por um número de tecnologias como inteligência artificial, edge computing e blockchain.
O Metaverso, enquanto conceito, é uma rede destes espaços virtuais, criando um todo interligado e contínuo da mesma forma que a internet interliga os ambientes virtuais do presente. Podemos inclusivamente pensar no Metaverso como a internet do futuro, na qual muito do que hoje fazemos online - como socializar, aprender, fazer compras e trabalhar - tomará uma forma mais dinâmica e envolvente, unindo o melhor dos mundos físico e virtual e acrescentando experiências e funcionalidades até agora impossíveis.
Um futuro incerto, mas inevitável
O Metaverso no seu conceito puro, de todo um mundo virtual e unificado, é ainda meramente teórico. De momento existem projetos que, apesar de impressionantes, se baseiam em conceitos, focos e protocolos diferentes, cada um com a sua própria ideia de como o Metaverso será construído no futuro. Como acontece com qualquer tecnologia emergente, será necessário muito trabalho a nível de estandardização e regulação, bem como da maturação de muitas das tecnologias envolvidas.
No entanto, não restam dúvidas que este é o próximo passo lógico na evolução digital que se tem verificado nos últimos anos - segundo o relatório Technology Vision 2022 da Accenture, as tecnologias de Metaverso já são acionáveis e os líderes têm de estar a postos. E enquanto o Metaverso não chega, estas aplicações díspares preparam-se para escrever o futuro próximo da transformação digital, oferecendo às empresas novas oportunidades de negócios e modelos operacionais mais eficientes, da mesma forma que a digitalização o já fez até agora.
Infinitas possibilidades
Olhemos por exemplo para o retalho, que já lidera a vanguarda de muitas tendências tecnológicas. Várias marcas, como a Nike, já se estão a preparar para oferecer produtos 100% virtuais para uso no Metaverso, mas existe também potencial para integrar estas aplicações na abordagem omnicanal, lado a lado com o e-commerce. Imaginemos que, em vez de visitar uma loja física ou o website da marca, o cliente pudesse entrar numa loja virtual na qual pode interagir com produtos em tempo real a partir de sua casa, falar com um assistente de loja e finalizar a encomenda para ser entregue na sua morada.
Já existiam, antes do Metaverso estar na agenda da indústria, vários casos de estudo no turismo com a utilização de realidade virtual e aumentada para oferecer experiências mais enriquecedoras e envolventes, tanto presencialmente como à distância. Levando isto um passo mais à frente, o Metaverso permitirá criar réplicas perfeitas de uma atração, ou mesmo de uma cidade inteira. Isto permitirá oferecer a visitantes de todo o mundo, não simples imitações da visita presencial, mas sim experiências dinâmicas únicas, desde experienciar um marco histórico como teria sido na era da sua construção até à integração do mundo virtual e físico através de realidade virtual e aumentada, esbatendo os limites entre as visitas presenciais e remotas, ao mesmo tempo que torna cada experiência individual única, guiada pelo próprio visitante.
Já no ensino, a criação de ambientes digitais envolventes e interativos tem o potencial de revolucionar a aprendizagem, tomando partido das vantagens do ensino assíncrono, ao mesmo tempo que oferece novos modelos de exploração de conhecimento, permitindo aos alunos interagir com novos conceitos de forma dinâmica.
O futuro da internet requer a rede do futuro
Independentemente do formato, abordagem e componentes tecnológicas de cada aplicação de Metaverso, o 5G terá sempre de ser uma das suas fundações básicas.
Não é por coincidência que, quando a indústria começou a apresentar o 5G, uma das aplicações mais populares para demonstrar o seu poder foi a realidade virtual. Estas são aplicações que envolvem enormes volumes de dados e requerem latência mínima, mesmo em ambientes fechados. No Metaverso, isto torna-se exponencialmente mais exigente, dada a sua abrangência e escala, bem como a criticidade de muitas das aplicações possíveis.
Com uma largura de banda e velocidades-pico de download e upload significativamente mais altas que a geração anterior, apenas o 5G tem a capacidade de suportar estas cargas elevadas e oferecer a performance necessária para a viabilidade destas aplicações.
É apenas com o 5G que um empresário em Lisboa se pode reunir com um cliente em Berlim numa sala de conferências virtual, que um engenheiro pode testar uma máquina antes de serem fabricadas as peças, ou que um público de milhares pode assistir a um concerto a partir de qualquer parte do mundo.
A forma exata que o Metaverso tomará ainda está por determinar, mas não restam dúvidas que o 5G será indispensável para potenciar a criação e funcionamento destes mundos virtuais e construir, assim, a internet do futuro.
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