6 bons hábitos de uma empresa de sucesso
Tal como acontece com os hábitos de vida saudável, há alguns comportamentos das empresas de sucesso que podem ser tipificados e repetidos até á exaustão. E mesmo que não sejam uma fórmula à prova de erro, ou de falhanço, devem ser considerados pelos gestores mais ambiciosos e incluídos na estratégia.
As principais empresas de consultadoria têm análises bem definidas de transformação de empresas, nas várias fases de crescimento e maturidade, e há muitos benchmarks, matrizes referenciais e outros instrumentos mais ou menos complexos que podem ser usados neste processo. Mas num mundo em permanente mudança, muitos destes referenciais estão "gastos" e precisam de ser renovados, enquanto outros que parecem apenas de bom senso continuam a fazer sentido.
Entre as referências do Boston Consulting Group, da Forrester Consulting e da Gartner juntámos 6 ideias de bons hábitos que pode juntar à sua lista para aplicar nas doses certas. São princípios simples, e não simplistas, que podem ser aplicados de forma fácil. E com resultados (quase) garantidos.
1 – Atraia os “melhores dos melhores”
O recurso mais importante de uma empresa são os seus colaboradores. Conseguir atrair e reter os melhores profissionais, nas várias áreas, é uma condição essencial para manter a competitividade em qualquer sector do mercado, seja na indústria, comércio ou serviços. Isso tem de ser trabalhado e nem sempre apenas com recursos financeiros. As nova gerações privilegiam a flexibilidade e dão valor ao envolvimento do ambiente empresarial.
2- Mantenha a energia em alta
Não falamos do consumo de energia elétrica, ou de energias renováveis, mas da energia vital que flui pelas empresas e as mantém em funcionamento. Deve começar pela direção da empresa e está relacionada com a definição estratégica, aliada a uma disciplina e boa comunicação com toda a organização. Este é o tipo de energia que é contagiante e não tem de ser absolutamente espontânea. Pode ser preparada e “libertada” nos momentos certos.
3 – Treine a capacidade de adaptação
A capacidade de ajustar a estratégia às mudanças constantes do mercado, cada vez mais rápidas, é uma das características que as empresas bem-sucedidas têm. É a lógica darwiniana do “adaptar-se ou ser extinto”. Esta capacidade de se adaptar pode ser inata, mas também pode ser treinada. Manter o “radar” sempre ligado para acompanhar as tendências, ouvir os clientes, fornecedores e os concorrentes, e fazer análises SWOT, avaliando as fraquezas e as forças da empresa, oportunidades e ameaças, deve fazer parte das rotinas de qualquer gestor.
4 – Invista em Tecnologia
As tecnologias podem ajudar a transformar empresas em todos os sectores, da agricultura à indústria e hoje em dia há soluções para todos os tipos de atividades, e muitas vezes por custos mais baixos do que imagina. Um serviço de comunicações unificadas pode ajudar a agilizar as comunicações dentro da empresa e com clientes e fornecedores, poupando tempo, e há soluções que podem ser contratadas na Cloud de forma flexível para ajudar a controlar a faturação e contabilidade, ou para gerir as contas de clientes. O pior erro é encarar este investimento como um custo, porque quem não investe dificilmente consegue fazer avançar o negócio.
5 – Privilegie uma perspetiva de longo prazo
Muitas vezes há tendência para gerir a empresa “um passo de cada vez”. Não é mau manter os pés na terra, mas ao mesmo tempo que avança numa abordagem sistemática é preciso fazer planos a médio e longo prazo. Onde quer estar daqui a 2 a 3 anos e como será a sua oferta nessa altura? Que tipo de concorrência vai enfrentar a médio prazo? E quais serão os seus pontos fortes para se manter na crista da onda? Estas são perguntas que deve tentar responder para poder definir a estratégia.
6 – A transformação é um projeto “always on”
Se já estiver a aplicar alguns destes princípios é ótimo, mas a ideia é que este seja um processo contínuo, que nunca está fechado. O “Novo Guia dos CEOs para a transformação” publicado pela BCG aborda os vários aspectos que os gestores devem manter sempre presentes à medida que os critérios e fatores tradicionais se vão alterando e obrigam a uma ginástica mais intensa para manter a competitividade.
Melhorar a experiência dos clientes e criar condições para aumentar as ferramentas e colaboração das equipas fazem também parte dos referenciais. E não se esqueça que a informação que tem sobre o seu negócio e os seus clientes é um dos seus ativos mais valiosos, que deve "acarinhar" e desenvolver para suportar as suas decisões, como mostra a Forrester Research.