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A importância das empresas no resto do ano escolar

A importância das empresas no resto do ano escolar

As escolas fecharam portas há três semanas e os pais e encarregados de educação foram confrontados com uma situação de telescola forçada. As empresas, tendo de enfrentar situações de teletrabalho, adaptaram-se e agora terão de encontrar alternativas para que os colaboradores tenham tempo para apoiar os filhos durante este período. Com as férias da Páscoa houve algum fôlego, mas o primeiro ministro já anunciou que o terceiro período letivo vai decorrer integralmente no regime de telescola (pelo menos até ao 10.º ano). Como podem as empresas e famílias preparar-se para os próximos meses?

 

Para aqueles que já estavam habituados a utilizar ferramentas digitais para videoconferências e trabalho a partir de casa, a adaptação tem sido mais simples, mas muitos têm de lidar com esta situação sem capacidade de resposta instalada. Agora, sabendo que o Estado de Emergência se prolonga, pelo menos, até 17 de abril, e com as aulas presenciais suspensas até ao final do ano, as famílias e estabelecimentos de ensino vão iniciar o terceiro período em regime de telescola. E as empresas têm também elas um papel preponderante neste cenário, pois além do trabalho, os pais precisam de ser os professores em casa.

 

As empresas precisam de ajudar os colaboradores a encontrar formas de conjugar trabalho com a vida familiar. Mesmo que as empresas tenham luz verde para voltar a ter os colaboradores no escritório, como irão fazer os que têm filhos em idade escolar, que terão de ficar em casa até ao final do ano letivo?

 

Nas primeiras semanas de Estado de Emergência as famílias foram confrontadas com uma série de problemas, nomeadamente no que respeita à falta de equipamentos tecnológicos que permitissem estar a trabalhar e, ao mesmo tempo, aos filhos assistirem às aulas através de aplicações como o Zoom. Esta plataforma tem estado no centro de polémicas relacionadas com a falta de segurança. O CEO da empresa já pediu desculpa pelas falhas e implementou novas medidas, mas convém que as empresas garantam que os seus sistemas estão seguros contra qualquer ataque. Para isso, e como a maior parte está em casa com os filhos e muitos usam os computadores dos pais para assistir às aulas, todos os cuidados são cruciais. Existem outras plataformas para comunicar através de videoconferência como o Skype, o Teams, da Microsoft ou o Webex da Cisco. Mas se as escolas usam outras, pouco mais há a fazer, a não ser tomar medidas preventivas de segurança.

 

Em qualquer situação, as empresas precisam de adotar medidas de segurança para garantir que os seus sistemas empresariais se mantêm resilientes a ataques cibernéticos, que deverão continuar a existir. Mas a segurança começa em cada um dos colaboradores. Além disso, vale a pena lembrar que qualquer utilização deve ser feita tendo em conta que não existe 100% de privacidade quando se utilizam ferramentas de terceiros, e já se sabe que uma grande maioria dos alunos terão de usar os computadores ou smartphones dos pais para as aulas à distância. O ideal, será alocar um computador ou tablet para que os filhos possam estudar durante este período letivo.

 

Imprimir em casa

Com o prolongamento da escola em casa, vai ficar ainda mais visível a necessidade de imprimir trabalhos e fichas ou a digitalização de trabalhos para enviar aos professores. Nesta última tarefa, os smartphones já permitem fotografar com uma qualidade bastante razoável as folhas dos cadernos, mas no que respeita à impressão de fichas, os que não possuem impressora, terão de se adaptar escrevendo as respostas num caderno ou folha de papel.

 

Existem sempre diversas formas, que dão corpo à expressão que a necessidade aguça o engenho, mas a maior preocupação será equilibrar as coisas e permitir a todos os alunos acesso aos mesmos processos. A maior preocupação está nos alunos que se preparam para o acesso ao ensino superior, pois este período é repleto de exames. Mas há problemas transversais a todos os anos de ensino. E a falta de material informático é aquele que mais se evidencia.

 

E, é preciso não esquecer, as coisas complicam-se muito para as famílias com mais de um filho em idade escolar. Além da gestão dos computadores ou smartphones para a realização das videochamadas, há ainda que dividir bem os horários para que todos os filhos possam estudar nos sites indicados pelas escolas. Nomeadamente através do acesso aos sites Escola Virtual (da Porto Editora) ou Aula Digital (da Leya), com acesso gratuito durante este período de pandemia.

 

Por isso, as escolas estão a realizar um levantamento das necessidades de todos os alunos e, em alguns casos, a solicitar aos pais que podem, o empréstimo de computadores antigos, que não sejam necessários. Este será um período que vai também colocar à prova a capacidade de união e ajuda comunitária.

 

Telescola

O conceito de telescola não é propriamente novo. Na década de 60 (e até perto do ano 2000), Portugal teve em vigor o programa de Telescola. Entre 1965 e 1987 em milhares de alunos completaram o quinto e sexto anos de escolaridade através da Telescola, emitida na RTP, na qual os professores apareciam na televisão e os alunos podiam aprender à distância. Era um tempo diferente, a tecnologia como a conhecemos hoje um mito desconhecido da grande maioria, mas que funcionou. E este ano a telescola vai regressar, através de transmissão na RTP 2 e RTP Memória (canal que chega a todos os portugueses mesmo através da TDT).

 

Atualmente, com a evolução tecnológica, estas aulas podem ser dadas interactivamente através da Internet, com os alunos e professores a verem-se simultaneamente, e a poderem interagir em tempo real. Por isso, por muito que se possa ter saudades do contacto presencial, completar o ano em segurança é a prioridade e para isso é crucial uma boa e rápida adaptação. Há, no entanto, que ultrapassar as questões materiais.

 

Para todos os alunos há ainda a plataforma Khan Academy, que há já alguns anos tem permitido a crianças de todo o mundo alcançar níveis de educação que, em circunstâncias normais não conseguiriam. Agora, com o mundo inteiro a experienciar a privação de uma vida "normal" à qual todos estão habituados, esta plataforma pode fazer a diferença.

 

Computador "pessoal"

Um computador por pessoa é incomportável para a grande maioria das famílias, ainda por cima neste momento de crise, e é preciso olhar com atenção para a capacidade dos smartphones e tablets. A maioria das aplicações de videochamada funcionam também nestes aparelhos e, apesar da dimensão mais reduzida dos écrans, devem ser uma alternativa a explorar.

 

Usar os computadores dos pais pode significar uma paragem no seu trabalho e, como tal, uma solução a evitar. Certamente haverá situações onde não há alternativas. Por isso, para conseguir dar resposta rápida ao que aí vem, vale a pena preparar a casa e testar ferramentas. Para quem tem essa possibilidade, adquirir material através das lojas online.

 

Certamente haverá uma fase de adaptação, por parte dos professores, alunos e encarregados de educação (a maioria já adotou algumas medidas nestas três últimas semanas), mas é nestes momentos de crise que todos conseguem descobrir capacidades nunca exploradas. E as empresas têm também um papel determinante neste capítulo, nem que seja para desmontar mitos e ajudar os colaboradores a gerir a sua vida profissional com o apoio aos filhos.

 

O que fazer?

A digitalização é um tema que tem estado sempre em cima da mesa, mas é um pouco mais do que ter um tablet ou smartphone. Será que aquela chamada ou reunião pode ser alterada para não coincidir com a hora da videochamada dos filhos dos colaboradores com a escola?

 

As empresas devem assegurar que os seus colaboradores têm todos os recursos para realizar teletrabalho e encontrar formas de adaptação que permitam também dar acompanhamento às aulas virtuais, em especial dos mais pequenos que ainda precisam de ajuda para lidar com a tecnologia. Vão ser meses complicados que exigem capacidade de adaptação e mudança de mentalidades.

 

Considerando que os dois elementos do casal estão em teletrabalho, com os filhos em telescola, terá de haver tranquilidade para que a sanidade mental resista até ao final desta crise.

 

Para os pais com filhos até aos oito anos, pelo menos, o nível de atenção necessário é muito superior. As escolas vão realizar videoconferências com os alunos e os pais terão de estar atentos para auxiliar quando necessário. Depois, há o tempo de estudo em casa, a realização dos trabalhos e envio para os professores, através do Classroom, por exemplo. Tudo isto exige tempo dos pais. Tempo que antes da pandemia estava a cargo da escola e que nos próximos meses será exclusivo dos encarregados de educação. As empresas vêem-se obrigadas a adaptar, a aumentar a flexibilidade necessária para que os colaboradores possam acompanhar os filhos em casa e realizar as tarefas. Talvez uma parte seja realizada fora do tradicional período de trabalho, mas tem de haver contenção.

 

Às recomendações tradicionais para que o teletrabalho funcione, neste momento de crise pandémica, há que ter ainda mais controlo ao nível da gestão do dia a dia. Afinal, além do trabalho é preciso incluir no horário o auxílio ao estudo dos filhos (bastante exigente) e das tarefas da casa que, mais do que nunca, devem ser repartidas entre todos, crianças incluídas.

 

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