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Uma outra razão para as organizações continuarem a investir em data centers prende-se com a cibersegurança e com a governança. Em indústrias altamente reguladas, como é o caso da saúde, dos seguros e das finanças, entre outros, é necessário cumprir uma série de requisitos que nem todos os serviços de cloud oferecem.

Mas, mesmo com o crescimento da cloud, o data center vai continuar a ser utilizado pelas organizações; a cloud híbrida, por exemplo, utiliza as vantagens da cloud com a segurança que o data center oferece. Simultaneamente, com o crescimento de novas tecnologias – como a inteligência artificial – há uma maior procura por capacidade computacional que a cloud pode não ser capaz de dar resposta.

De acordo com a IDC (Quarterly Cloud IT Infrastructure Tracker, 2019), estima-se que, entre 2016 e 2023, as receitas das clouds públicas, clouds privadas e do IT tradicional tenha um crescimento de 3,4%, onde a cloud terá um crescimento mais acentuado em comparação com o IT tradicional.

Assim, os data centers têm um novo propósito. Enquanto alguns dos workloads das organizações são enviados para a cloud, existem outros que ficam no data center local. Estes workloads incluem grandes quantidades de data sets, como inteligência artificial e machine learning, mas também business intelligence e analítica, uma vez que migrar tudo isto para a cloud pode ser bastante dispendioso. 

Já vários fornecedores de serviços cloud estão a focar-se nesta necessidade de as empresas terem workloads na cloud e no data center, lançando ofertas de cloud híbrida para manter o balanço de sistemas on-premises e na cloud.

Devido a esta grande quantidade de dados que as empresas estão a gerar, a capacidade de processamento necessária também é maior. Os data centers que alavancam o poder de sistemas de monitorização baseados em dados registam várias vantagens em relação às alternativas. Habitualmente, os servidores têm um uptime superior e os técnicos conseguem perceber melhor a sua infraestrutura e fazer pequenas alterações para tirar o máximo partido da mesma.

Nem tudo faz sentido estar na cloud; algumas coisas devem estar on-premises, num data center próprio. Prova disso é a estimativa da Gartner que indica que os gastos em data center em todo o mundo vão continuar a crescer a partir de 2021 e até, pelo menos, 2024.

O IT híbrido é, também, uma tendência cada vez mais comum dentro das organizações. A principal razão para a criação de uma estratégia de adoção de cloud é a otimização das infraestruturas de IT legacy através da integração com os serviços cloud, com 33%, de acordo com a TBR 2H18.

2020 Não foi o melhor dos anos no que diz respeito a investimento em data centers, muito porque a construção de novos data centers teve de ser colocada em pausa por causa da pandemia, mas esse investimento vai voltar em 2021, indica a Gartner, à medida que os colaboradores possam estar fisicamente nos locais.

Quase todos os negócios modernos precisam do seu próprio data center ou, na impossibilidade de criar um, alugam o espaço de data centers já existentes, construídos com esse objetivo. As organizações que produzem e utilizam dados necessitam de data centers para ter as suas operações a andar, pois sem estes data centers podem sofrer em termos de rapidez e segurança no acesso a esses dados. Por isso, os data centers são uma fonte indispensável para muitos negócios. A impossibilidade de entregar estes serviços pode levar, em última análise, à perda de clientes e de receitas para a empresa.

Data center on-premises: data center propriedade do cliente ou entidade prestadora de serviços, que assume o investimento na construção, expansão e renovação do mesmo.

Cloud Híbrida: modelo que permite soluções integradas entre ambientes on premises, clouds privadas e clouds públicas.

IT Legacy: terminologia aplicada a IT tradicional, normalmente com alguma antiguidade, onde se encontram aplicações de negócio.

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