Blockchain: entenda o conceito e perceba o que pode fazer pelo seu negócio
A tecnologia de blockchain e as criptomoedas, ou moeda virtual, já entraram no léxico de muitos empreendedores que estão a avaliar a sua utilização nos seus negócios, explorando as suas vantagens.
Os últimos meses têm sido de grande dinâmica para empresas e investidores em tecnologia blockchain, com ofertas elevadas e muitas propostas de aplicação a surgir em quase todas as áreas da economia. A banca, a área financeira e o imobiliário são à partida os “suspeitos do costume” no uso de blockchain, mas áreas como a educação, redes sociais e a segurança estão a ser influenciadas pelo aparecimento de startups com propostas inovadoras.
Mas afinal o que é a tecnologia de blockchain? O nome indica uma corrente segura e aplica-se perfeitamente à ideia. A tecnologia pressupõe a implementação de uma estrutura de dados com registos de transações que são assinadas digitalmente para garantir a sua autenticidade e a não alteração, distribuídas numa plataforma com várias camadas de registos partilhados e autenticados. Cada vez que há uma nova transação a plataforma valida e acrescenta um novo “elo” na cadeia de informação, mas se não for reconhecida como válido não é aceite. O modelo de validação dos participantes dispensa a utilização de uma autoridade centralizada, uma das grandes vantagens do blockchain.
Por trás do conceito estão décadas de investigação nas áreas das criptomoedas, das quais a Bitcoin é uma das mais conhecidas, e tecnologia de segurança e autenticação da informação. Ao criar um ambiente fiável para todas as transações, onde todos os participantes podem ter acesso a uma base de informação partilhada, evitando intermediários e comissões de intermediação, o blockchain está a criar novas oportunidades de negócio, muitos deles desenvolvidos por consórcios.
Aplicações de negócio
A IBM é uma das tecnológicas que tem definido a sua visão para a tecnologia de blockchain, com a plataforma IBM Blockchain, e entre várias iniciativas estabeleceu um consórcio com diversas empresas da área alimentar para garantir a segurança e a confiança dos consumidores no sistema alimentar global. Nestlé, Unilever, Walmart, Tyson Foods e Driscoll’s são apenas algumas das companhias que integram o consórcio.
O objetivo é melhorar o acesso à informação e rastreabilidade dos alimentos, uma das questões que mais afeta a segurança alimentar, nomeadamente a contaminação cruzada e a propagação de doenças. Segundo a empresa, pode levar semanas a identificar uma fonte de contaminação e isso provoca novas doenças e perda de receita, mas também a falta de confiança dos consumidores, e uma plataforma Blockchain, que permita a todos os produtores, fornecedores, distribuidores, retalhistas, reguladores e consumidores terem acesso a informação atualizada e fiável pode ajudar a ultrapassar este problema.
Várias empresas estão a explorar o potencial da tecnologia de blockchain, entre as quais a IBM e a Lockheed Martin, mas também há governos mais avançados na sua aplicação
Outro bom exemplo de aplicação da tecnologia é o projeto colaborativo open source Hyperledger, que pretende promover a tecnologia e serviços blockchain e garantir uma tecnologia aberta e distribuída de registos que contribua para a transparência de negócio e para resolver e interoperabilidade entre muitas indústrias.
A área da segurança é uma das que tem avançado mais rapidamente e empresas como a Lockheed Martin já decidiram avançar com blockchain na cibersegurança, tornando os processos de identificação de ataques e falhas mais rápidos. A Estónia está já também a investir nesta área e em 2016 decidiu investir numa tecnologia de blockchain para cifrar os dados de saúde mais de um milhão de utilizadores. E até o Pentágono já admitiu que o blockchain pode ser usado como “escudo” para ciberataques.
Outras aplicações possíveis abrangem até as próprias eleições, com os cidadãos a poderem manter controle sobre os seus votos e permitindo em última análise votar temas de forma direta, ou passar o seu voto a um delegado.
Embora esteja a crescer rapidamente, várias organizações avisam que é necessário avançar com cautela na tecnologia blockchain, e com plataformas fiáveis. A ENISA, a agência de cibersegurança europeia, lembra que o sistema não é ainda totalmente seguro e resiliente, estando sujeito a algumas falhas, nomeadamente em termos de um ataque consentido por 51% do utilizadores ou da privacidade dos dados, o que se torna mais preocupante com a entrada em efeito do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).
Mesmo assim, e apesar de ligadas às criptomoedas, e ao desenvolvimento da Bitcoin, as tecnologias de blockchain oferecem um nível de transparência e segurança que está longe da especulação de que as moedas virtuais têm sido alvo e por isso vale a pena “desligar” os dois conceitos. Até porque as tecnologias de blockchain parecem estar para ficar e muito provavelmente vai ouvir falar mais no conceito, com novas aplicações, mais robustas e resilientes, em diferentes áreas da economia.
E na sua área de negócio, onde é que uma tecnologia que mantém este nível de transparência e responsabilização poderia ser utilizada?
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