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A adesão a práticas mais amigas do ambiente não representa qualquer risco para o sucesso empresarial, podendo na verdade contribuir para o seu incremento, pela redução de custos e utilização de recursos. A reciclagem, a economia, a eficiência energética e o reaproveitamento de matérias-primas – só para focar algumas medidas – refletem-se na redução dos custos de produção, garantindo às empresas uma vantagem competitiva e diferenciação de mercado.

Uma política de sustentabilidade é, atualmente, uma prioridade na agenda de empresas que queiram manter ou melhorar a sua imagem, apresentando-se como organizações credíveis e com responsabilidade ambiental tanto para consumidores, como para fornecedores e investidores.

Tecnologia promotora de sustentabilidade

Se o mundo busca a sustentabilidade, não deixa por outro lado de apostar exponencialmente na tecnologia, na computação e em volumes massivos de dados. A pandemia trouxe também a expansão do trabalho remoto e consequentemente uma maior demanda por comunicações, o que aumentou o consumo energético por exemplo no setor das TIC. De acordo com o estudo do Boston Consulting Group, intitulado “Putting Sustainability at the Top of the Telco Agenda”, a indústria das tecnologias de informação e comunicação é atualmente responsável por entre 3 a 4% das emissões globais de CO2, o que representa cerca do dobro do nível do setor da aviação.

Por outro lado, a mesma pesquisa publicada em agosto de 2021 avança que o setor das TIC está comprometido em inverter a situação. A saber, grande parte das empresas pretende reduzir a energia necessária por unidade de tráfego em cerca de 70% até ao final da década. Segundo a BCG, tal ação resultaria na eliminação de até 15% de todas as emissões globais até 2030, o que corresponderia a uma poupança de 12,1 gigatoneladas de CO2, num total de mais de 5 biliões de euros.

Data centers: uma aposta segura

Uma das maiores fontes de consumo energético são os data centers, pelo que a solução passa pelo recurso a serviços de terceiros. O estudo sobre sustentabilidade do Global Compact das Nações Unidas e da Accenture, relativo ao período 2013-2019, conclui que as migrações para a cloud pública podem chegar a ser responsáveis por uma poupança entre 30 a 40% do custo total da propriedade, o que corresponde a uma redução das emissões anuais de Co2 de 59 milhões de toneladas. Já no mesmo estudo realizado em 2021 pela Accenture, 81% dos 1230 CEO de 113 países entrevistados adiantaram estar a desenvolver produtos e serviços sustentáveis e 74% começaram a implantar novos modelos circulares de negócio.

A escolha de um provider de cloud e data center deve ter em conta a política ambiental deste. A Altice Empresas está na linha da frente, com o Data Center da Covilhã cotado com a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Atribuída pela empresa americana USGBC, esta certificação tem por base o mérito ambiental de um edifício ou de um campus, numa visão integrada do edifício em causa e do seu ecossistema de ciclo de vida. No caso do Data Center da Covilhã, falamos da certificação Platinum para o edifício de apoio e Gold para o bloco técnico, atribuídas devido à eficiência dos edifícios no que respeita ao consumo de energia. Esta passa pelo recurso a tecnologias verdes como free-cooling, painéis fotovoltaicos e utilização de água da chuva para refrigeração.

Cloud: vantagens dos diversos serviços

A sustentabilidade da cloud passa ainda pela partilha de recursos físicos e pela sua utilização elástica conforme a necessidade da empresa. Ao recorrer a estes serviços de terceiros, a empresa estará a economizar recursos despendidos na aquisição e instalação de plataformas de hardware dedicadas.

A cloud oferece uma série de opções, que contribuem para uma política empresarial sustentável. Um dos exemplos são os VDI, ou infraestruturas de trabalho virtual, que reduzem o consumo de energia elétrica e proporcionam a reutilização de equipamentos, prolongando o tempo de vida útil destes. O incremento do trabalho remoto e a crescente mobilidade de colaboradores torna os serviços cloud SaaS (Software as a Service) cada vez mais atrativos para as empresas que não se querem limitar ao escritório e querem ser ao mesmo tempo sustentáveis. Graças a estes, é possível aceder através de cloud aos dados desejados em qualquer computador ou dispositivo móvel ligado à internet. Os SaaS incluem, por exemplo, videoconferência e outras aplicações de produtividade em mobilidade, que ao evitarem viagens desnecessárias, acabam por ajudar também à redução de emissões de CO2.

Os cloud IaaS (Infrastructure as a Service) de armazenamento, por outro lado, são uma opção a ter em conta para reduzir o consumo de papel, através das ofertas de digitalização e arquivo, que contribuem ainda para a redução de espaço e respetiva manutenção física. Já os serviços IaaS de máquinas virtuais são uma mais-valia para empresas empenhadas em reduzir o consumo elétrico e na otimização da utilização dos equipamentos físicos.

Qualquer que seja a dimensão ou setor, é fundamental que as empresas olhem a tecnologia com outros olhos. Já não como uma antagonista da sustentabilidade, mas sim como uma ferramenta para a atingir. E a cloud e os data centers são cada vez mais soluções para cumprir essa prioridade da agenda das empresas.

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