Como podem as empresas tirar melhor partido da Cloud
Na era do digital, é essencial que as organizações se adaptem à mudança e acompanhem a evolução tecnológica para garantirem competitividade para o seu negócio.
Ouvimos muitas vezes gestores empresariais e líderes políticos dizer que o mundo está a mudar, que é necessário analisar o presente para pensar o futuro. Mas o que significa isto na prática? Estão as empresas, os governos e as instituições a acompanhar a evolução dos tempos? A resposta não é simples e muito menos de sim ou não.
É verdade que o mundo está em constante mutação, uma mudança que tem vindo a acelerar o passo da inovação, principalmente na última década, em que o desenvolvimento tecnológico atingiu velocidades nunca antes vistas. Por isso mesmo, é hoje essencial que as empresas estejam atentas ao processo de transformação e que abracem as novas soluções de Tecnologias de Informação (TI). Só assim poderão manter-se modernas, competitivas e ágeis nos mercados em que atuam.
As vantagens da cloud para as organizações são imensas, independentemente da sua área de atividade.
Uma das grandes tendências dentro do processo de transformação digital tem sido a migração de processos e serviços para a Cloud, que pouco a pouco tem vindo a alterar a forma como as organizações funcionam internamente e, consequentemente, o modo como lidam com os seus clientes. É, por essa razão, fundamental que os gestores entendam como podem tirar partido desta solução virtual e aplicá-la à realidade das suas empresas.
Primeiro, contudo, é necessário perceber como funciona a cloud e para que serve. Até aqui, as organizações precisavam de investir uma boa parte do seu orçamento operacional no licenciamento de software, na aquisição de material informático e na sua manutenção – licenças para ferramentas Office ou financeiras, por exemplo. Com a chegada da “nuvem”, a realidade alterou-se e deixou de fazer sentido seguir o chamado modelo tradicional de TI, passando todos essas ferramentas para a cloud.
A cloud computing é, na prática, uma nova forma de disponibilização e utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). É aquilo que podemos considerar a evolução natural de um modelo de negócio do setor tecnológico, em que diferentes ferramentas passam a estar disponíveis através da Internet – serviços informáticos, armazenamento, bases de dados, software e outros.
A computação em nuvem, ou cloud computing, assenta em três pilares essenciais: Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS). A primeira é a base que sustenta a cloud, ou seja, é a camada onde estão os servidores físicos, equipamentos de energia e refrigeração, assim como as redes de segurança.
A PaaS é a área que permite aos técnicos de TI lidar com tudo o que está relacionado com implementação, desenvolvimento, gestão e atualização, fazendo a ponte entre os servidores físicos e as aplicações que estes alimentam. Já a SaaS é a plataforma que está acessível ao utilizador final, nomeadamente com ferramentas de e-mail, office ou de armazenamento de documentos, por exemplo.
O que ganham as empresas?
As vantagens da cloud para as organizações são imensas, independentemente da sua área de atividade. Em primeiro lugar, existe a redução de custos com infraestruturas, licenças de software e manutenção. Como? Em vez de investirem em salas de servidores nas suas instalações – que requerem um local próprio, com condições de energia e refrigeração exigentes -, as empresas passam a poder utilizar servidores geridos pelo operador, libertando espaço físico para outros projetos e recursos financeiros para o negócio. Além disso, deixam de ter preocupações com a segurança dos dados e, em muitos casos, poderá deixar de fazer sentido ter uma equipa interna de técnicos dedicada a esta área.
O mesmo acontece com o software. Se até aqui determinados serviços eram exclusivos das grandes empresas devido aos custos associados, com a cloud as PME passam a ter acesso a eles por valores que são ajustados à sua realidade e às suas necessidades.
Por outro lado, as organizações ganham em competitividade, agilidade na resposta ao mercado e maior eficiência nos processos internos. O facto de ser possível que qualquer colaborador da empresa aceda a documentos, e-mail e outros serviços – financeiros ou de gestão, por exemplo – em qualquer lugar do mundo a partir de um dispositivo com acesso à Internet aumenta, indiscutivelmente, a produtividade das equipas. Isto cria mais colaboração dentro da estrutura empresarial, facilita e fomenta o trabalho remoto.
As mais-valias incluem, também, maior flexibilidade. Com o acesso à cloud, as empresas podem adaptar os serviços e fazer ajustes em tempo real através da Internet, poupando tempo e recursos que podem concentrar na evolução do negócio.
Mercado nacional a crescer
É interessante perceber que, segundo um estudo recente da Ipsos Mori, cerca de um terço dos trabalhadores de PME nacionais defende que as tecnologias utilizadas nas suas empresas estão desatualizadas e que mais de metade (51%) acredita que a produtividade aumentaria se fossem realizados mais investimentos nessa área. Estes dados mostram, por um lado, que os colaboradores estão atentos à transformação tecnológica e que lhe reconhecem vantagens, e, por outro, que ainda existem muitas empresas atrasadas no trajeto da inovação.
Contudo, estas conclusões contrastam com aquelas a que chegou a IDC no estudo “Mercado de Cloud Computing em Portugal: 2016-2021”. Neste inquérito, 62% das empresas ouvidas espera ter, em 2019, mais de metade das suas capacidades de TI em cloud pública, privada ou híbrida, o que representa um crescimento em relação a 2017. O mesmo documento refere ainda que 65% dos decisores nacionais acredita que a cloud é uma tecnologia essencial para a competitividade das organizações.
Segundo Gabriel Coimbra, Vice-Presidente e Country Manager da IDC, a eficiência operacional, o serviço ao cliente e o compliance com a regulação são as três principais razões que levam as empresas a aderir aos serviços na nuvem. Recorrem “à implementação destes serviços com o objetivo de melhorar o relacionamento com os clientes, aumentar a produtividade dos colaboradores e desenvolver novos modelos de negócio”, diz o responsável.
Em relação ao peso de cada uma das três áreas da cloud no mercado, a consultora conclui que o SaaS representa mais de dois terços das receitas totais de cloud pública em Portugal, enquanto que o IaaS conquista 21% e o PaaS 12%. No que diz respeito aos setores que mais abraçam a cloud, surge, em primeiro lugar, a Distribuição e o Retalho (86%), seguido das Finanças (81%) e da Energia e Utilities (67%).
O estudo da IDC mostra ainda que a taxa de crescimento anual do mercado de cloud computing em Portugal será superior aos 20% até 2021, altura em que deverá atingir 240 milhões de euros.
E o panorama internacional?
Um levantamento recente da Gartner, que analisou o mercado entre 2017 e 2021, defende que os serviços em cloud pública em todo o mundo deverão crescer 17,3% em 2019, atingindo um valor global de 206,2 mil milhões de dólares. No ano passado, o valor ficou, segundo a consultora, nos 175 mil milhões de dólares.
Entre as três áreas do mercado, a empresa acredita que será o segmento de IaaS que mais crescerá durante este ano (27,6%), chegando aos 39,5 mil milhões de dólares. No total, em 2021, as previsões da Gartner apontam que o mercado global de cloud valerá cerca de 278 mil milhões de dólares. Em 2017, esse valor estava fixado nos 145 mil milhões de dólares.
As oportunidades estão aí e se a competitividade da sua empresa é uma prioridade, vale a pena analisar a possibilidade de migrar para a cloud. Recorde, a propósito, o white paper sobre o tema.
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