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O 5G enquanto motor da transição digital

2022 foi, sem dúvida, um ano de expansão da rede, expansão que vai continuar em 2023. Para tal, muito contribui a democratização do acesso a equipamentos 5G, disponibilizando uma experiência de maior velocidade e menor latência. No contexto empresarial, o 5G já contribuiu em ampla medida na continuidade dos modelos de trabalho adotados na pandemia, agora com o importante vetor mobilidade. O “business everywhere” assume uma fiabilidade e experiência de utilização renovada, incrementando a experiência de acessos a recursos corporativos em ambiente de

O 5G é, por isso, um importante aditivo para o fecho do ciclo da digitalização das empresas e consequente início de outra jornada: a de transformação de processos operativos críticos das organizações, fundamental para manter a competitividade das empresas num mercado cada vez mais global e, ao mesmo tempo, com um grau de personalização de produtos e serviços ao consumidor (sejam pessoas ou empresas, públicas ou privadas) sem precedentes.

Apesar do 5G ser uma rede evolutiva, ainda com diversas releases em vias de normalização por organismos internacionais, o potencial do 5G já começou a revelar-se no palco do suporte às operações. A Altice Portugal já teve oportunidade de o demonstrar ao associar-se à primeira cirurgia remota, ao suporte operacional de um acidente de viação ou no contexto da indústria 4.0, entre outros.

Denominador comum: uma rede que se adapta às aplicações, que não apresenta limites à evolução dos processos críticos sobre uma infraestrutura capaz de responder, de forma eficaz, à crescente exigência desses processos operativos com diferentes perfis de tráfego e exigência e à capacidade de disponibilizar, de forma normalizada e interoperável, dados para suportar processos de tomada de decisões das empresas.

O potencial do 5G é de enorme relevância para a transformação das empresas de todos os setores de atividade, no seu relacionamento com clientes e parceiros. Contudo, os ciclos de decisão neste palco de transformação são mais longos, porque tocam no ADN das empresas, no seu propósito social e empresarial, em temas críticos como propriedade intelectual e patentes, em processos de qualidade e certificações e em investimentos em redes e plataformas, que têm suportado alguns desses microprocessos operativos de forma muito específica e especializada.

A visão para o 5G é de unificação desses microprocessos sobre uma única infraestrutura e, ao mesmo tempo, de os integrar num ecossistema digital mais abrangente. Por exemplo, o 5G torna possível integrar, numa mesma plataforma, um conjunto de sensores já existentes de uma fábrica e, ao mesmo tempo, permitir uma evolução dos processos de controlo de qualidade de uma lógica de amostragem assente numa inspeção visual humana para um controlo multissensorial automatizado, baseados nos dados dos mesmos sensores integrados com uma solução de analítica de vídeo avançada.

E, ao digitalizar esses processos, outras atividades poderão ser trazidas para esse novo ecossistema, como por exemplo o controlo de inventário e expedição de armazém de componentes, de forma automatizada e com controlo em tempo real. Ter dados disponíveis de forma normalizada na mesma rede permite também incorporar mecanismos de análise preditiva não só das existências, mas também dos ciclos de manutenção de equipamento, de forma a manter os standards de qualidade em tempo real.

O ano de todas as respostas

2023 será determinante, seja por evolução da cobertura, seja na própria evolução da rede 5G.

Enquanto consumidores individuais podemos esperar novidades nas áreas de entretenimento, gaming e streaming, com realidade aumentada/virtual, internet táctil e iteração em tempo real. Como cidadãos, o 5G poderá contribuir em questões de mobilidade sustentável, transição para mobilidade elétrica e smartcities, com melhoria da qualidade de vida. Veículos a comunicar com veículos e veículos a comunicar com infraestruturas rodoviárias contribuirão para uma maior segurança rodoviária e para uma condução autónoma.

Em setores como a saúde, a assistência em ambulatório, terapia ocupacional, assistência remota com sensores e colaborativa em processos cirúrgicos, o 5G vai potenciar um novo ecossistema nos cuidados de saúde com uma medicina mais participativa, preditiva, preventiva e personalizada.

Na educação, o 5G terá impacto em novos processos de aprendizagem imersivos com recurso a realidade virtual, realidade aumentada e internet táctil, mas também num ensino mais personalizado e inclusivo, facultando novos recursos para endereçar necessidades educativas especiais.

Na gestão de facilities, como edifícios, portos, aeroportos, fábricas ou armazéns, o 5G terá um papel relevante com enfoque na eficiência energética e impacto na sociedade, no incremento da segurança no trabalho através de soluções de bioconectividade, analítica avançada de vídeo para manobras mais contextualizadas e precisas, assim como no controlo de qualidade.

A importância das redes privadas

A flexibilidade do 5G, em termos de arquitetura, possibilita já hoje que muitos destes novos processos sejam suportados em ambiente totalmente privado – seja por questões de segurança da informação como de autonomia, trazendo para esse ambiente todos os mecanismos de interoperabilidade, fiabilidade e processos de planeamento e supervisão de redes móveis com provas dadas a nível mundial.

Os principais benefícios das redes privadas passam, desde logo, pela disponibilidade constante, resultado de uma tecnologia normalizada a nível global, com mecanismos, standards e protocolos definidos, acompanhados por metodologias de planeamento, que garantem elevados níveis de disponibilidade e resiliência, vitais para processos automáticos e contínuos. A baixa latência, por outro lado, é algo fundamental a algumas aplicações críticas, que requerem latências na ordem dos milissegundos.

As redes privadas destacam-se ainda pela sua alta fiabilidade assente numa arquitetura redundante e em mecanismos sofisticados de gestão e operação. Para além do mais, garantem alta densidade e velocidade, o que se traduz no suporte da aquisição de dados e controlo de múltiplos dispositivos disseminados espacialmente de uma forma concentrada. São os casos dos sensores, câmaras, bodycams, equipamentos de realidade virtual e aumentada ou drones, entre outros.

Por fim, importa salientar a flexibilidade e personalização destas redes, que se adaptam de forma simples e rápida às necessidades de aplicação e à sua evolução ao longo do tempo.

A Altice e a MEO Empresas

A Altice assume-se com um dos principais players no campo da tecnologia 5G, dispondo da maior rede de fibra ótica em Portugal, com mais de 5 milhões de km e rede móvel de nova geração (4G/5G). Uma rede que garante a melhor cobertura, velocidade, robustez, fiabilidade, confiança e qualidade de serviço e que, ao mesmo tempo, permite oferecer serviços convergentes de fibra e 5G com as melhores soluções MEO Empresas para transformar e potenciar os negócios. A esta capacidade juntam-se meios técnicos, físicos e laboratórios de prototipagem e ensaio, permitindo a criação de soluções customizadas onde é, desde logo, garantida a perfeita simbiose entre a aplicação e a rede 5G, maximizando por esta via todo o potencial de transformação digital nas empresas.

Como iniciativas na área do 5G, a MEO Empresas lançou este ano o 5G Challenge, que desafia empresas e startups a apresentarem soluções de 5G inovadoras rumo a um futuro mais competitivo. Dirigidas aos mais diversos setores, as soluções potenciadas por tecnologias como a Inteligência Artificial, a Realidade Virtual e Aumentada, o Big Data, a Cloud e a IoT ultrapassaram já uma primeira seleção, tendo sido apuradas 18 empresas. Desta seleção intermédia serão escolhidas no máximo 12 soluções para o evento final a decorrer a 19 de setembro. As três vencedoras terão acesso ao programa de startups da Web Summit 2023, à divulgação da sua solução em vários media, bem como no website do evento e nas redes sociais MEO Empresas. As soluções poderão ainda integrar o portfólio de produtos e serviços MEO Empresas.