IoT para animais de estimação
Uns preferem os gatos, outros não vivem sem os cães. Tratam os animais de estimação como se fossem filhos e exigem qualidade de vida, direitos para os animais e muitos defendem regalias a nível fiscal. Já existem creches para cães e uma linha de saúde 24 para os amigos de quatro patas.
Mais do que donos de animais de estimação, tudo farão para dar aos seus fiéis amigos um conforto semelhante ao que escolhem para eles próprios. Este é um mercado em expansão a que as novas tecnologias estão atentas.
Já são conhecidas as previsões de forte crescimento do mercado de artigos do mundo da Internet das Coisas (IoT), dos objetos conectados dirigido a humanos. A valorização deste mercado, em cinco anos, ronda os 30 mil milhões de dólares. Valor apontado apenas ao mercado norte-americano.
Em 2015, de acordo com os dados recolhidos por diversas consultoras, foi o ano em que as pessoas mais aderiram a este tipo de tecnologia. É praticamente incontornável fugir à tendência quando todos os aparelhos possuem já este tipo de tecnologia e os consumidores, as próprias empresas, valorizam cada vez mais as funcionalidades extra de uma impressora, frigorífico, televisão ou torradeira "inteligentes". Por isso, as previsões de negócio estão agora apontadas para os animais de estimação.
O potencial de negócio é avaliado em vários milhões de euros por ano, a Global Market Insights, por exemplo, prevê que este negócio vai valer nos próximos anos cerca de 2 mil milhões de dólares a nível global. Contempla o hardware mas também uma série de serviços associados. Monitorizar a saúde dos animais, a sua localização, poder acompanhá-los à distância, mesmo quando estão sozinhos em casa, alimentá-los e falar com eles, são apenas alguns dos exemplos onde as "coisas" terão uma palavra a dizer.
Tal como o mercado está em aberto, ao nível de soluções para os humanos, o céu não será um limite para aquilo que se pode criar para os animais.
Há já algum tempo que soluções mais básicas, como georeferenciação, para saber a localização de um rebanho, contar cabeças de gado ou até monitorizar colmeias, estão em funcionamento. Mas a massificação da IoT para o mercado dos animais domésticos deverá aproximar-se às soluções usadas pelos próprios donos.
A lógica dos analistas assenta na relação dos humanos com os seus animais: "Se um aparelho é bom para minitorizar a minha condição física, também será útil para eu saber como está o meu amigo". Esta é a permissa de base para as previsões de crescimento do mercado.
"Estima-se que o negócio de objetos conectados para animais cresça a uma taxa anual de 11,2% na próxima década, alcançando, a nível global, 2,62 mil milhões de dólares em 2025”. Esta previsão é avançada pela Grand View Research, Inc.
Como se tem visto, a tendência é globalizar com o avanço tecnológico a encurtar, cada vez mais, o tempo que os produtos demoram a chegar um pouco por todo o globo. E as empresas portuguesas, como se verificou durante a Web Summit, têm capacidade criativa para andar na linha da frente destes desenvolvimentos e novidades.
Como pode isto ajudar o meu negócio?
A resposta não é simples e depende, desde logo, se o negócio está dirigido ao mercado dos animais domésticos. Mas, partindo deste princício, uma clínica veterinária, ou mesmo uma empresa que produz alimentos para animais, podem tirar bastante partido das tecnologias contribuindo com o seu conhecimento para o desenvolvimento de novas "coisas".
Os animais têm necessidades específicas mas são os donos quem vai valorizar a tecnologia. Por isso, são eles, em última análise, quem vai decidir sobre o sucesso das novas tecnologias, da Internet das Coisas, aplicadas aos seus animais. Mas há realidades que, nos dias de hoje, são já óbvias. Alimentar o cão ou gato, monitorizar o que ele faz e como está a sua saúde enquanto está sozinho em casa, durante o dia de trabalho, são talvez os pontos mais relevantes nesta discussão.
Hoje em dia há quem faça já uma monitorização, com recurso a câmeras de vídeo ligadas à Internet, para acompanhar, em tempo real, o dia-a-dia do seu animal de estimação. Mas, à medida que surgem novas tecnologias, os donos dos animais de estimação vão exigir mais.
Há grandes desafios para os criadores de novas "coisas" dirigidas a animais, desde logo porque há diferenças substanciais, a diversos níveis, entre raças, mas essa será a parte divertida para quem cria e desenvolve a tecnologia. Um sistema de GPS, por exemplo, que ainda é grande o suficiente (devido às necessidades de bateria) para ter de ser aplicado numa coleira, pode servir a um cão de grande porte mas poderá provocar lesões no pescoço de um chihuahua, por exemplo.
Para as empresas cujo negócio está dirigido aos animais, será crucial estar atento ao que se vai fazendo, e muito relevante, olhar para aquilo que são as necessidades dos seus clientes, pensar em novas "coisas" que podem ser adoptadas pelos donos dos animais de estimação.
Saber fazer
Muitos empresários portugueses, talvez a grande maioria, pode pensar que este negócio da Internet das Coisas não diz respeito a quem produz ou distribui, por exemplo, biscoitos para cães, ou a uma clínica veterinária. No entanto, ficar de fora deste mercado pode significar uma queda no negócio. Do lado das empresas que nascem apenas para desenvolver tecnologia, também tem de haver conhecimento do negócio, saber, por exemplo, quais as principais preocupações dos donos dos animais de estimação, para desenvolver produtos que respondam a essas necessdiades.
Por isso, é relevante as empresas procurarem parcerias que sejam benéficas aos dois negócios de forma a contribuir para o desenvolvimento de novos produtos adequados às realidades do mercado.
O desenvolvimento de novas soluções está cada vez mais simplificada, graças a plataformas como o IoT Place, e abre caminho a que com os conhecimentos mínimos sejam desenvolvidadas e colocadas no mercado novas ideias.
Conheça as soluções
IOT PLACE
Para criar e gerir as suas soluções IoT com simplicidade e rapidez, de forma segura e escalável. Saiba mais