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Liderança estratégica - o caminho certo para fazer crescer a empresa

Liderança estratégica - o caminho certo para fazer crescer a empresa

Todas as cartilhas da gestão dizem que a digitalização da economia está a reescrever as leis da concorrência e que as empresas que não redefinem a sua estratégia correm sérios riscos de ficar para trás. Mas como pode o gestor ajustar as suas decisões para enfrentar a revolução digital?

 

 

Equilibrar as contas, conquistar novos clientes, motivar as equipas, tomar as melhores decisões em processos de negociação com fornecedores e parceiros. A lista de desafios diários de um gestor é enorme e pode tirar o sono a qualquer pessoa, mas mais do que gerir o dia a dia é importante planear a estratégia e pensar a 3 ou a 5 anos de forma a posicionar a empresa para resistir aos riscos da transformação acelerada do mercado. E o tempo de férias, ou o período habitualmente mais calmo de agosto, podem ser uma boa oportunidade para fazer este planeamento estratégico de que precisa.

 

Nos últimos anos o ritmo acelerou e a incerteza tornou-se mais premente, com a introdução de novas regras no mercado, a concorrência global e a entrada de novos players em áreas insuspeitas. A Amazon, a Uber, o Facebook e o Skype mostraram que os incumbentes em várias áreas de negócio podiam ser desafiados por pequenas empresas com novas ideias que transformam os vários sectores onde atuam, e que entram no mercado com uma forte componente tecnológica.

 

A redução de barreiras à entrada na maior parte dos sectores de atividade, a possibilidade de aceder a tecnologia que antes estava reservada a quem tinha grande poder de investimento e a maior mobilidade dos clientes, que são cada vez menos fiéis às marcas, são fatores que se conjugam para esta mudança de cenário, e aceleração de risco.

 

E o que podem os gestores fazer para preparar as suas empresas para resistirem a estas investidas e continuarem a crescer? A resposta inclui múltiplas áreas, mas uma base relevante está na preparação da estratégia, no investimento nas áreas certas, como refere o White Paper Empreendedorismo - Estratégias para um futuro disruptivo, mas é essencial desenvolver uma cultura digital na organização.

 

Todos os desafios que a crescente digitalização da economia coloca às empresas que já estão no mercado podem ser transformados em oportunidades, e os gestores devem estar preparados para enfrentar as novas pressões de preço, concorrência de outros sectores e mudança de hábitos dos consumidores. E tomar as decisões certas, disseminando a estratégia a toda a organização. Ignorar as mudanças e esperar que uma tendência inconveniente passe nunca é uma boa solução.

 

Um desafio de cultura

A maioria dos gestores das organizações já tomaram consciência de que é preciso investir na estratégia digital para garantir a competitividade do negócio e temas como a cloud, colaboração, big data, analítica, inteligência artificial e automação fazem parte do léxico, mesmo que ainda não estejam a ser aplicados efetivamente. Mas muitas vezes essa visão estratégica está confinada à gestão e não se estende aos colaboradores.

 

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Transformação Digital da Capgemini identificou um aumento do fosso cultural entre gestores e colaboradores nos últimos anos. Segundo os dados, 62% dos inquiridos consideram que a cultura empresarial é o principal obstáculo no processo de transformação digital das empresas e o principal risco de perda de competitividade das empresas no atual contexto de mercado.

 

A falta de sintonia entre os gestores de topo e os colaboradores é notória, e apenas 37% dos colaboradores das empresas consideram que existe uma cultura centrada na inovação, contra 75% dos quadros dirigentes. Também em relação às práticas de colaboração há uma diferença significativa, com 85% dos gestores a garantirem que essa é a norma, enquanto apenas 41% dos colaboradores subscrevem essa ideia.

 

A falta de reconhecimento de uma visão e estratégia digital é também evidente neste estudo, o que mostra que as empresas não envolvem suficientemente os seus trabalhadores nos processos de mudança cultural. E este envolvimento é essencial para que os benefícios se estendam a toda a organização e se reflitam no posicionamento no mercado e na competitividade.

 

De acordo com o estudo The Digital Culture Challenge: Closing the Employee-Leadership Gap, há alguns elementos chave para criar esta cultura digital, e é necessário paciência, tenacidade e atenção constante. Mas a consultora deixa também algumas recomendações essenciais para desenvolver com sucesso uma cultura digital na organização:

  • Identificar os agentes de mudança capazes de encarnarem a nova cultura digital e promovê-los no seio da empresa;
  • Definir novos indicadores de desempenho baseados nos novos comportamentos desejados;
  • Tornar mensurável a mudança cultural;
  • Investir nas competências digitais que são realmente importantes;
  • Comunicar de forma clara e expressa a visão para o digital que as chefias possuem e o seu o nível de envolvimento nesta matéria;
  • Envolver as chefias;
  • Utilizar as ferramentas de colaboração digital para aumentar a transparência e para interagir com os trabalhadores;
  • Adotar uma abordagem holística da transformação cultural.

 

A cultura da empresa pode ser um facilitador ou um inibidor da transformação digital necessária para que a empresa cresça e se mantenha competitiva, mas esta estratégia não pode estar limitada à gestão e ao planeamento estratégico e tem de ser disseminada e fazer parte dos processos e da dinâmica de todos os elementos da organização.

 

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