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Novos hábitos, novos desafios para empresas

Novos hábitos, novos desafios para empresas

 

 

Foi há mais de um ano que tudo foi obrigado a mudar. Uma pandemia virou, de repente, o mundo do avesso. O comportamento humano alterou-se. O trabalho, o ensino e a cultura ganharam novas formas. A política e a economia seguiram outros rumos. A vida nunca mais voltaria a ser a mesma.

 


Nem todos os negócios estavam preparados para este cenário, mas a maioria tem vindo a adaptar-se, implementando diversas mudanças no modo de operar, sobretudo no que respeita à transição digital. Esta tendência pré-pandemia deixou mesmo de ser uma prioridade para se tornar uma questão de sobrevivência num mundo mais tecnológico a cada dia que passa.

 

A transição digital: de prioridade a uma questão de sobrevivência

O “novo normal” obrigou a mudar os comportamentos mais comuns do dia a dia e esses impulsionaram novos desafios e oportunidades de negócio. A necessidade de distanciamento físico levou à implementação de novas tecnologias e soluções em diferentes setores. Na área da saúde as teleconsultas passaram a fazer parte do quotidiano e aumentou ainda o recurso a aplicações móveis e dispositivos que monitorizam condições crónicas de saúde, alertando os utilizadores para os passos a seguir.

O comércio online expandiu-se e o próprio comércio físico teve de se adaptar através de estratégias como o click and collect ou a entrega ao domicílio.
A restauração apostou em aplicações para fornecer refeições, sobretudo quando se viu obrigada a encerrar portas. E agora não são raros os restaurantes em que um QR Code dá acesso à tradicional ementa no smartphone. Outras apps permitem ver a ementa, fazer o pedido e realizar o pagamento online, bastando para isso o recurso a um smartphone.

Outro exemplo é o do turismo, uma das áreas mais afetadas nos últimos tempos. Veja-se o caso da Airbnb, que passou a disponibilizar aos utilizadores a possibilidade de criarem experiências online, que vão desde espetáculos de magia a sessões de meditação com ovelhas, entre outros. O próprio recurso a serviços de alojamento sofreu alterações, estando agora ao alcance de aplicações móveis ou de quiosques de self service, dispensando assim a deslocação à receção e o contacto com os funcionários do alojamento.

Os últimos tempos trouxeram, indubitavelmente, o virtual a todos os setores económicos. Tudo pode (e deve) ser virtual.

A adesão ao digital tornou-se um processo cada vez mais premente e irreversível para as empresas. O teletrabalho parece ter vindo para ficar e com ele uma série de ferramentas, entre as quais as destinadas à realização de videoconferências e videochamadas, que substituíram em larga escala as tradicionais reuniões, bem como soluções de gestão e controlo de tarefas e ainda softwares de colaboração, que permitem a vários indivíduos trabalharem em conjunto em documentos e apresentações online.

O contacto com clientes faz-se cada vez mais de forma digital, quer seja através de email, mensagem de chat ou reunião online. A dependência do digital tornou-se uma realidade, que traz consigo um risco: o aumento de exposição a ciberataques.

 

Como prevenir novas ameaças: a importância da cibersegurança

De acordo com dados do WatchGuard Threat Lab, Portugal já sofreu desde o início de 2021 perto de 200 mil ataques de malware, o que corresponde a cerca de 29 ataques por hora. Só em abril, a mesma fonte aponta para 71098 tentativas de ataques de rede, o que constituiu um enorme aumento face às 3.579 identificadas em março. O relatório avança ainda que se verificaram 28.480 ataques de malware no quarto mês do ano, contra os 22.058 verificados nos trinta dias anteriores.

Mas será que os portugueses estão cientes deste cenário? De acordo com o Índice Literacia e Educação em Cibersegurança, publicado em novembro de 2020, existe “ainda pouca consciência dos riscos cibernéticos” e pouca proatividade “na sua redução”. A saber, o estudo coloca Portugal a meio de uma tabela de 50 países.

É inequívoca uma maior exposição do posto de trabalho que saiu do escritório para casa, muitas vezes acompanhado pelo próprio dispositivo.
Para as empresas, há neste movimento uma necessidade de transformação dos seus processos de compliance e reforço de segurança no acesso remoto, que no contexto atual ultrapassa as zonas previamente delimitadas a redes nos escritórios para, virtualmente, estarem em qualquer parte. Por outro lado, este movimento é não só tecnológico, mas também comportamental e social, dado que a segurança começa em cada um dos colaboradores da empresa, não sendo hoje uma missão exclusiva do responsável da rede, da segurança ou dos sistemas de informação das empresas.

O risco dos ciberataques é, pois, real e pode atingir todas as organizações, independente do setor ou dimensão. Importa, assim, um foco mais alargado nesta ameaça, que será não apenas uma tarefa de gestores, mas também dos colaboradores.

A empresa deve, desde logo, implementar mecanismos de segurança, tanto na sua infraestrutura como no acesso à informação e nos endpoints dos colaboradores e parceiros de negócio. Por exemplo, firewalls de nova geração, redes VPN com soluções NAC - Network Access Control, políticas zero trust, ferramentas que garantam o compliance dos dispositivos, atualizações de software, antivírus e segurança endpoint nos postos de trabalho dos colaboradores. Por último, é igualmente importante implementar ações de sensibilização de que a segurança começa em cada um dos colaboradores e dos dispositivos que são utilizados para acesso a informação da empresa, no cuidado de abrir um email, seguir um link que é enviado por SMS ou outra ferramenta colaborativa utilizada na empresa, mas com origem desconhecida.

 

Cloud computing: uma mais-valia para todas as empresas

A transição digital, incrementada nos últimos tempos, passa também pela adoção de soluções cloud. Neste campo, Portugal encontra-se igualmente num lugar pouco favorável. De acordo com dados do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apenas 16% das empresas recorrem a estas ferramentas, contra 18% da média europeia. No entanto, e segundo previsões da IDC Portugal para 2021 publicadas no final do ano passado, 80% dos negócios deverão estabelecer um mecanismo de transição para infraestruturas cloud-centric.

A perspetiva otimista estende-se à Deloitte. Num estudo a nível mundial publicado em dezembro de 2020, a consultora aponta para um crescimento de cloud computing superior a 30% a cada doze meses, entre 2021 e 2025, o que a tornaria a solução dominante em todos os tipos de negócios.

Porquê apostar na cloud? As vantagens são inúmeras, passando desde logo pela variedade de aplicações, que vão desde a criação de backups e soluções de disaster recovery, à criação de soluções de vídeo ou de Realidade Virtual ou Aumentada.

Ao aderir ao cloud computing, importa ter em conta a sua flexibilidade e escalabilidade, sendo possível ampliar recursos sempre que a procura o exija e reduzi-los quando se der uma desaceleração, num modelo pay per use e sem necessidade de investir em hardware dispendioso. Um modelo que potencia a transição digital nomeadamente em PMEs, que passam a beneficiar de arquiteturas adaptadas às suas necessidades e aplicações, sem investimento.
Outra das vantagens passa pela gestão de imprevistos, como mudanças inesperadas na economia ou a saída de um concorrente do mercado. A resposta da infraestrutura de TI local a esta situação pode ser demasiado lenta, mas a nuvem conseguirá acelerar e alocar recursos em poucos minutos. O cloud computing ajuda ainda a gerir os recursos de TI, monitorizando as necessidades atuais.

Ao aderirem ao cloud computing, as empresas, independentemente da sua dimensão, tornam-se mais competitivas e ágeis na resposta à procura, e mais eficientes nos seus processos internos, nomeadamente no que toca ao acesso a dados e ao ajuste e adaptação de serviços em tempo real através da internet.

O mundo mudou. Os novos hábitos trouxeram novos desafios, novas formas de comunicar, de trabalhar e de gerir. É tempo de as empresas apanharem o comboio de alta velocidade da transição digital rumo a um crescimento sólido e sustentável.

 

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