O roaming na Europa ainda não acabou, ficou mais barato
Há muito tempo que os consumidores se queixam do custo das comunicações feitas no estrangeiro. Antes de junho de 2016, quando se viajava, existiam duas opções: desligava-se o telemóvel, ou havia uma preocupação constante com as chamadas e SMS recebidos e enviados. Mas o pior eram mesmo os custos elevados dos dados móveis (acesso à Internet).
E, quando o telefone se enquadrava na categoria de "telefone de trabalho", as conversas tendiam a ser mais longas, resultando em custos "imprevistos" com as comunicações.
No fundo, todas as pessoas que costumam viajar devem ter, em alguma dessas deslocações, recebido chamadas de amigos com quem não falavam há meses, e clientes com um problema que pretendem ver resolvido naquele momento. São esses os telefonemas que maior dor de cabeça davam, pois são mais difíceis de desligar.
No entanto, desde que em finais de abril se começou a falar mais sobre a eliminação das tarifas de roaming, há quem pense que estas terminaram. O que já levou a algumas "surpresas". Apesar de poder falar lá fora como faz em Portugal, ainda há custos a considerar.
As taxas de roaming continuam a existir, mas são mais baratas. Só a partir de de 15 de junho de 2017 estas taxas serão totalmente abolidas nos países do Espaço Económico Europeu passando a pagar no estrangeiro o mesmo que paga pelas comunicações em Portugal. No site da ANACOM pode analisar em pormenor os custos gerais associados a esta nova realidade.
Mesmo neste período de transição, as operadoras podem cobrar apenas o preço doméstico, ou seja, paga como se estivesse a navegar em Portugal, mais uma sobretaxa.
A partir do próximo ano, as operadoras apenas podem cobrar o preço doméstico, podendo adotar, para as comunicações em roaming, políticas de utilização razoável (a serem definidas pela Comissão Europeia). Quando excedidos os limites de comunicações estabelecidos na política de utilização responsável, deverão aplicar os limites e regras estabelecidas para o período que está atualmente em vigor.
Assim, estão definidas regras para as tarifas base, com limites impostos àquilo que os operadores podem cobrar aos clientes.
Para fazer face a esta nova realidade, as operadoras lançaram ainda novos pacotes que se adaptam melhor às necessidades de quem viaja. Principalmente para os que viajam em negócios e precisam de estar sempre contactáveis.
Além disso, é preciso lembrar que esta legislação apenas contempla os países do Espaço Económico Europeu (Inclui os países da União Europeia, a Islândia, a Noruega e o Liechtenstein). Atualmente, as tarifas de roaming da PT Empresas incluem também os Estados Unidos da América nestes pacotes.
Já é possível navegar na Internet móvel a custos acessíveis
Nos dias que correm, mais do que as chamadas ou SMS enviados para avisar a família que estava tudo bem, o grande papão das telecomunicações móveis em roaming são os dados, que, em casos de distração, poderiam levar ao aparecimento de faturas com valores muito elevados.
Esta nova lesgislação (nunca é demais recordar que se aplica apenas aos países do Espaço Económico Europeu) permite que se navegue com custos mais controlados. Mesmo neste período de transição, as operadoras podem cobrar apenas o preço doméstico, ou seja, paga como se estivesse a navegar em Portugal, mais uma sobretaxa.
Por isso, se está ou vai de férias, informe-se junto da sua operadora sobre os custos das novas tarifas de roaming e se, nalguns casos, para beneficiar de descontos, precisa de aderir a um pacote diferente.
Tenha em conta que apesar dos custos terem ficado mais baixos, ainda existem e podem diferir consoante o pacote subscrito e a operadora. Por isso, a melhor forma de ficar a par dos custos reais que pode ter em roaming, será o contacto direto com o suporte da operadora. Não se esqueça que, por exemplo, o tráfego gratuito em algumas aplicações a que acede em Portugal, será cobrado em roaming.