Principais erros a evitar na criação de uma empresa
Pôr no terreno uma ideia de negócio é cada vez mais fácil. As ferramentas para criar uma empresa estão simplificadas e ajudam os empreendedores, mas há armadilhas e erros que deve evitar para garantir o sucesso.
Só nos primeiros 6 meses deste ano foram criadas mais de 20 mil novas empresas e por detrás dos números há certamente muitas ideias de negócio diferenciadoras, e muita expectativa e sonhos dos empreendedores. Mas do outro lado da moeda há também os números das empresas que não deram certo. No mesmo período foram extintas mais de 7 mil empresas e aqui a história passa muitas vezes por problemas e dívidas que deixam marcas na vida financeira de quem viu os seus sonhos de empresário acabar mal. Entre os sonhos e a realidade, o que fazer e que medidas tomar?
Esta é uma pergunta que todos os empreendedores devem colocar antes de avançar com uma ideia de negócio. Não quer dizer que não se deva arriscar e colocar em prática um plano para criar um projeto e vender produtos ou serviços, mas a racionalidade deve imperar, pesando todos os fatores para que todos os elementos estejam ponderados, mesmo os (mais que) prováveis imprevistos, assegurando que os resultados da equação sejam positivos.
É claro que não há nunca garantias de sucesso a 100%. Todos os investimentos têm um risco associado e este deve ser calculado no plano de negócios, que deve ser elaborado de forma rigorosa e consistente. Mas mesmo que o plano de negócios trace um caminho que parece positivo, há sempre fatores externos que podem por em perigo o bom desenvolvimento de uma ideia de negócio, incluindo uma crise conjuntural, a entrada de outros concorrentes fortes no sector ou até mesmo uma doença ou fatalidade do empreendedor.
Abrir uma empresa é fácil, e pode demorar menos de uma hora se recorrer ao serviço Empresa na Hora, mas fechar uma empresa não é assim tão simples, sobretudo se houver empregados e dívidas a fornecedores e ao Estado.
E alguma destas questões deve ser uma razão para não avançar com a sua ideia para o terreno? Não. Falhar já deixou de ser um tabu, e muitas vezes é preciso dar um primeiro passo em falso para depois avançar com outra empresa e modelo de negócio diferente. Mas há alguns erros que deve evitar logo à partida:
- Visão idealista – este é um erro comum. O empreendedor está tão certo da sua ideia que não faz a necessária comparação de mercado para avaliar a concorrência, verificando se há espaço no mercado para o seu produto ou serviço e comparando qualidade, preço ou fatores diferenciadores. Uma análise exaustiva da concorrência, a nível local e internacional, é uma medida importante antes de avançar.
- Construir algo que ninguém quer – A ideia até pode ser nova, diferenciadora ou muito inovadora, mas pode não ter mercado. Vale a pena fazer um teste de mercado para perceber se tem aceitação, usando um focus group com pessoas de um grupo potencial de consumidores. Se não quiser recorrer a uma empresa de estudos de mercado, que pode cobrar caro, experimente participar em feiras para vender/mostrar a sua ideia ou serviço. Logo vê o tipo de adesão que consegue obter. Esta experiência pode ser mais ou menos elaborada, mas não se fique apenas pelas opiniões dos amigos e da família.
- Avançar sem reunir uma base de investimento sólida – Nem sempre é possível começar com muito dinheiro, e dependendo do tipo de negócio nem sempre é necessário. Só que o financiamento é um dos fatores críticos para o negócio e para o empreendedor. É preciso ter uma base sustentável para não estar só concentrado na escassez de recursos e não é boa ideia usar o dinheiro pessoal (sobretudo se não for muito) porque vai hipotecar à partida a sustentabilidade e equilíbrio financeiro. Há algumas possibilidades de financiamento em fundos europeus ou programas de incentivo ao empreendedorismo nacionais, e pode também consultar os bancos para este primeiro apoio que consiga pelo menos um ano de margem financeira.
- Pensar que pode fazer tudo sozinho – Há negócios que precisam apenas de uma pessoa, mas é boa ideia rodear-se sempre de uma equipa, mesmo que sejam colaboradores externos ou serviços de confiança, como contabilistas ou outro tipo de fornecedores. Um sócio com boas ideias e recursos humanos de excelência na área que vai desenvolver são sempre um fator crítico para dar novo impulso às ideias. Não se esqueça porém de que para gerir uma equipa são necessárias algumas características de liderança.
- Sonhar demasiado alto – Há uma expressão que é “dar um passo maior do que a perna” e financeiramente isso pode significar arriscar demasiado, hipotecando a sustentabilidade da vida económica. Usar como garantia de empréstimos para a empresa a casa da família pode não ser boa ideia, até porque os empreendedores são responsáveis financeiramente pelas dívidas das empresas. No caso do empresário em nome individual o património pessoal é afetado à atividade da empresa, incluindo o dos cônjuges. Nas sociedades por quotas ou em nome coletivo este risco é menor, mas se as dívidas ultrapassarem o património da sociedade a responsabilidade recai sobre os sócios que podem ter de ficar a pagar o passivo acumulado.
- Evitar investimentos nas ferramentas necessárias para o desenvolvimento do negócio – à partida pode parecer que esta premissa entra em contradição com as anteriores, mas não é verdade. É importante que para avançar com o negócio consiga reunir os fatores mais importantes, e as ferramentas são um elemento essencial já que sem os instrumentos não vai conseguir ser tão eficiente. E aqui podemos falar de um forno especial para quem vai montar uma pastelaria ou de um serviço de Cloud para quem quer avançar com uma aplicação. Num White Paper que publicámos recentemente referimos alguns elementos importantes para a transformação digital que podem dar um novo impulso ao seu negócio.
- Descurar a comunicação com os clientes – Por vezes os empreendedores estão tão concentrados em “fazer” que não pensam em “mostrar o que fazem”, o que faz com que não consigam atrair novos clientes. Esta é uma área a que deve dedicar atenção logo de início, mesmo que já tenha alguma clientela base, porque é necessário alargar o espectro de consumidores dos seus produtos ou serviços para crescer e garantir maior sustentabilidade. As redes sociais podem ser um bom aliado para marcar a sua empresa no mapa, e este é um elemento que não deve ser descurado.
Se tiver em atenção estes fatores estará no caminho para ter um negócio grande, mesmo que numa pequena empresa, até porque não há qualquer problema em começar pequeno e devagar. Os modelos das statups podem ser uma boa inspiração, mesmo não se ajustando de forma direta a todas as áreas e modelos de negócio.
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