Portugueses tencionam gastar menos neste Natal
Estamos a chegar ao final do ano. O momento das retrospetivas e desejos para 2017. Para os gestores das empresas, a par do balanço familiar, é crucial ponderar sobre a estratégia aplicada em 2016 e naquilo que pode ser melhorado no próximo ano.
Este é um período que as empresas devem aproveitar para reforçar os laços com os clientes habituais e tentar cativar novos. Isto não se faz apenas em duas semanas, é necessário todo um trabalho ao longo do ano, como manter uma forte presença nas redes sociais, criando uma ligação de confiança que se pode agora concretizar em compras. No entanto, esta é uma oportunidade única para chegar a clientes que, mesmo não comprando agora, ficam com a sua marca, produtos, preços, na retina.
E, apesar de ser uma época com grande volume de transações, se tentar fazer do Natal a salvação da faturação, poderá star a colocar em risco todo o ano de 2017. Semear, para colher em 2017!
De acordo com um estudo, cerca de 23% dos inquiridos prefere esperar pela época dos saldos para comprar presentes de Natal.
Os portugueses, tal como sucede um pouco por todo o mundo, estão a comprar cada vez mais online ou, pelo menos, pesquisam desta forma os produtos que pretendem. Por isso, manter uma presença forte na Internet pode ser crucial para qualquer marca, mesmo que as vendas se realizem da forma tradicional.
Mesmo quando se trata de responder a uma reclamação, feita por um cliente menos satisfeito, se essa resposta for adequada, de preferência resolvendo o problema do cliente e eliminando a causa da sua insatisfação, a relação sairá reforçada. Por isso, se este ano deixou de lado uma presença digital, lembre-se de colocar este tema no topo das suas resoluções de Ano Novo.
Presentes mais baratos
Devido à situação económica do país, à desconfiança relativamente ao futuro, os portugueses pretendem gastar menos neste Natal, quando comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Estudo sobre intenções de consumo dos portugueses no Natal, realizado pela Cetelem. Em média, de acordo com estes dados, o valor gasto com presentes será de 211 euros.
Apesar de uma descida de 12% nas intenções de gasto face ao ano passado, este valor mantém-se dos mais elevados desde 2011.
No entanto, a grande questão que se coloca é: como pode uma empresa cativar mais clientes, para não perder quota natalícia? Cada empresa terá a sua estratégia, e há dezenas de respostas corretas e outras tantas que, apesar de bem aplicadas, irão fracassar. Mas, quando se trata de compras, é consensual que os clientes são atraídos por promoções, descontos, cartões de reembolso. O Cashback ou os descontos diretos são, aliás, de acordo com o estudo, as ofertas mais valorizadas.
Com as intenções de compra a fugirem, cada vez mais, ao comércio tradicional, com predominância dos grandes espaços e um número crescente online, é crucial que os pequenos negócios olhem para a presença digital como estratégia prioritária.