Quais os impactos da COVID-19 nas empresas?
Esta é a pergunta crucial quando se fala de um longo período de confinamento, com negócios encerrados e a economia praticamente estagnada. No meio da crise pandémica sobressairam os negócios com presença digital e capacidade de venda online, farmácias e o sector do retalho, para venda de bens essenciais.
Mas de uma forma geral, com a necessidade de limitar a circulação de pessoas, com as fronteiras fechadas e a população em teletrabalho e telescola, a economia ressentiu-se bastante, com o Governo a prever uma contração do PIB (Produto Interno Bruto) de 6.9%. Sendo, no entanto, a previsão mais otimista de todas as que existem. O FMI prevê que esta contração atinja os 8%.
Isto terá um impacto significativo na economia, mas também no desemprego, já que um dos sectores mais afectados, a hotelaria e restauração, continuam com limitações. As impostas e as consequentes devido à falta de turistas.
Com o objetivo identificar os efeitos da pandemia na atividade das empresas, o Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal lançaram o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE). De acordo com as duas entidades, esta informação é necessária para que se possam reconhecer tendências e perspetivar linhas a seguir para minorar impactos económicos, nomeadamente sobre as próprias empresas.
Assim, os resultados do inquérito relativo à segunda quinzena de junho, apontam para uma melhoria ligeira da situação das empresas. A percentagem de empresas em funcionamento foi 96% (+1 p.p. que na quinzena anterior), salientando-se o setor do Alojamento e restauração, onde a percentagem aumentou 5 p.p., fixando-se nos 82%.
Comparando os resultados ao longo do segundo trimestre, a melhoria é mais notória, com a percentagem de empresas em funcionamento a aumentar de 83% em abril para 96% em junho. Face à situação que seria expectável sem pandemia, 66% das empresas reportaram um impacto negativo no volume de negócios (compara com 68% na quinzena anterior).
Completados três meses de inquirição, é possível efetuar uma análise dos resultados ao longo do 2º trimestre de 2020, o qual compreende o período do estado de emergência e os períodos subsequentes de levantamento gradual das medidas de contenção. A percentagem de empresas em funcionamento, mesmo que parcialmente, fixou-se nos 90% em média no 2º trimestre de 2020, tendo aumentado de 83% em abril para 96% em junho (+13 p.p.). Setorialmente, o impacto da pandemia no funcionamento das empresas foi mais notório no Alojamento e restauração. Em média, 57% das empresas deste setor estavam em funcionamento no 2º trimestre, tendo-se verificado uma melhoria muito significativa entre abril (41%) e junho (79%).
A aposta digital
Durante este período de pandemia, não sendo uma grande novidade, a utilização dos canais digitais para a comercialização de produtos e serviços aumentou e representa um quarto do negócio, para quem desenvolveu esta solução.
De acordo com as conclusões do inquérito promovido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE, cerca de dois terços das empresas (65%) que diversificaram produtos e serviços, em resposta à pandemia de covid-19, vão manter as alterações feitas no futuro. Este inquérito indica que 19% das empresas diversificaram a sua oferta, especialmente no sector da indústria, e fizeram-no, em 87% dos casos, sem recurso ao financiamento público. Isto aconteceu mesmo quando 62% das empresas inquiridas ter referido não ter experiência prévia com este tipo de organização do trabalho.
As soluções chave na mão, para apoio à digitalização dos negócios, permitiram que, de forma rápida e eficaz, as empresas se adaptassem a esta nova realidade.
Estando Portugal na última fase de reabertura das atividades económicas, 63% das empresas inquiridas afirmam estar a utilizar os canais digitais para vendas e três em cada quatro referem que vão manter esta decisão. “A situação de exceção obrigou as empresas a encontrarem soluções para a sua atividade e estes três meses mostram a capacidade de iniciativa dos empresários”, afirmou o vice-presidente da CIP Óscar Gaspar, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.
“Houve um acréscimo de cerca de 20% no número de empresas a vender pelos canais digitais e esta via passou a representar quase um quarto do negócio, o que é relevante, porque também corresponde a uma das prioridades assumidas pela Comissão Europeia para a recuperação económica”, acrescentou. Os dados do inquérito desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, mostram o aumento do número de empresas que já retomaram a atividade (96%), total ou parcialmente.
O alojamento e restauração e os transportes e armazenagem foram os setores com mais empresas a reportarem reduções no volume de negócios (87% e 80%, respetivamente). Ao longo do segundo trimestre, a percentagem de empresas que responderam ao inquérito com redução no volume de negócios, face à situação expectável sem pandemia, decresceu de 80% em abril para 67% em junho.
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