Reforçar o digital na escola
Para qualquer pai ou mãe, a preocupação com os filhos, ainda em idade escolar, é o seu futuro. Desde o momento em que nascem, mas principalmente depois de iniciar o percurso escolar, paira a questão: o que irão eles ser quando forem grandes?
Ao longo da vida são mais as dúvidas do que as certezas, e este ano foi particularmente incerto devido à pandemia provocada pela Covid-19. Apesar do regresso às aulas presenciais, ninguém sabe como vai evoluir a situação nem quais as restrições que ainda se aproximam. As regras estabelecidadas pela DGS e Governo definem que o encerramento das escolas será sempre o último recurso, mas já há escolas em quarentena e as medidas são tomadas ao sabor da pandemia.
Neste regresso à "normalidade" é importante olhar para o que sucedeu com a primeira vaga da pandemia e para a importância da digitalização na continuidade das aulas, do trabalho e dos negócios. Nem tudo se pode fazer através da Internet, mas ninguém tem dúvidas que foram as ferramentas digitais a possibilitar que estes últimos seis meses decorressem com o menor dano possível e que tornou viável concluir o ano escolar, todo o terceiro período, através de aulas online.
Foi uma prova de superação dos professores, dos alunos e das famílias que tiveram de conciliar o apoio aos filhos nas aulas digitais com o seu trabalho, com as calls. É possível falar de sucesso, mas também se sabe que é pouco viável levar a cabo um novo confinamento sem que tudo esteja devidamente preparado para funcionar à distância.
Os governos a nível europeus estão a fazer de tudo para combater a segunda vaga da pandemia sem recorrer a um confinamento generalizado, pois a economia não aguenta, mas a verdade é que há escolas em quarentena devido aos casos que vão surgindo. E estes alunos não podem ficar prejudicados em relação aos que frequentam escolas que não encerram. Por isso, como mais vale prevenir do que remediar, a maior parte das famílias, tal como as escolas, tem preparado o plano B. Se for necessário funcionar à distância, é crucial ter um computador atualizado, com software de ensino remoto com capacidade de realizar as aulas à distância via videochamada, com partilha de documentos entre professores e alunos, ferramentas que permitam a interação e colaboração entre jovens para fazerem os seus trabalhos de grupo e a comunicação entre pais e professores, tudo em segurança e suportado numa rede de Televisão e Internet robusta e resiliente. Só assim se torna viável realizar as conferências em vídeo com a escola e com o trabalho.
A verdade é que ninguém quer voltar a ficar fechado em casa, principalmente os mais novos, que mesmo na escola se ressentem com as restrições às brincadeiras, ao contacto social, mas está também nas mãos deles uma grande parte do esforço para evitar a propagação do vírus. Aliás, nesta fase, é nas faixas etárias mais novas que se regista o maior número de aumento de casos. Por isso, a olhar para o futuro, é crucial adotar medidas de contenção para que também os pais, os avós, possam partilhar o sucesso escolar dos filhos e netos.
Nas gerações mais novas, principalmente os que estão agora a iniciar o percurso escolar, as profissões do futuro prevêem-se ainda mais digitais. O mundo está a mudar a um ritmo alucinante e é preciso lembrar que alguns deles, provavelmente, irão exercer profissões que ainda nem sequer foram inventadas. Por isso, quanto mais cedo conseguirem adaptar-se às ferramentas digitais, com uma educação também sustentada pelo equilíbrio, melhor.
Numa grande parte das escolas, principalmente nas de menor dimensão, onde os espaços ao ar livre escasseiam, as crianças vêem-se impedidas de brincar no recreio, têm pausas de 10 minutos, apenas com os colegas da própria turma para evitar contactos entre as diversas turmas. E isso também é negativo, pois as crianças precisam de brincar, de conviver e interagir com os colegas.
Nestas escolas, mais uma vez, não sendo o ideal, é preciso aproveitar aquilo que o digital tem para oferecer e que permita a estas crianças terem momentos de lazer, impedidos de estar no recreio, na sala de aula.
Tal como sucedeu no período de confinamento. Sem possibilidade de estar nos parques e jardins, e não sendo o ideal, os jogos, a televisão, a par dos livros, obviamente, serviram para manter as crianças ocupadas para permitir aos pais realizar o seu trabalho a partir de casa.
Nada substitui as brincadeiras ao ar livre, as correrias, as quedas, os empurrões das brincadeiras no jardim. Mas estando as crianças impedidas de brincar na rua, é preciso zelar também pela sanidade mental. Das crianças e dos pais!
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