Ventosaterapia rivaliza com a mais alta tecnologia nos Jogos Olímpicos do Rio
Um evento com a dimensão dos Jogos Olímpicos implica, nos dias de hoje, uma enorme quantidade de tecnologia. A "simples" eletricidade, que na Europa é quase um dado adquirido, teve de ser reforçada no Rio de Janeiro para evitar quebras de energia durante o evento.
A par da energia, os cronómetros, o sistema de medições e controlo de chegada dos atletas às metas. Em provas onde um milésimo de segundo faz toda a diferença, não há lugar para erros. A tecnologia não pode falhar.
Depois, há sempre as novidades que cada comitiva apresenta: fatos de banho em materiais inovadores, produzidos com base tecnológica, óculos, realidade virtual. Mais do que as provas, há uma série de inovações apresentadas que, em alguns casos, servem também para realizar pesquisas em situações reais.
No caso da comitiva de natação dos Estados Unidos, por exemplo, os fatos de banho repelem a água e possuem um acabamento anti-bacteriano. Material desenvolvido por investigadores da Universidade de Filadélfia.
Mas, numa altura em que o Japão faz os primeiros testes com a transmissão em 8k (é preciso não esquecer que o 4K ainda está a dar os primeiros passos) e que provavelmente será visto apenas por meia dúzia de nipónicos; alguns dos maiores atletas recorrem a "tecnologia" milenar. Phelps, além da emoção que tem demonstrado a cada conquista, tem sido o mais mediático atleta a dar visibilidade à ventosaterapia ao apresentar pelo corpo uma série de manchas idênticas aos chupões que recordamos da adolescência.
A ventosa segundo a medicina tradicional chinesa tem a propriedade de ajudar na depuração do organismo através da libertação das toxinas acumuladas e produzidas pelos excessos do quotidiano.
Aqui, uma imagem que Phelps publicou na sua conta de Instagram durante uma destas sessões de ventosaterapia.
De acordo com a descrição da medicina popular chinesa, a ventosoterapia possui a capacidade de aliviar a dor muscular, uma vez que promove a eliminação de toxinas.
É uma técnica que consiste na colocação de ventosas (copos) sob efeito de vácuo sobre a pele, a diferença de pressão causada pela falta de oxigénio dentro da ventosa vai criar um efeito de sucção.
O efeito de sucção levanta a pele, o calor promove a vasodilatação e desta forma é exsudado o dióxido de carbono. A ventosa segundo a medicina tradicional chinesa tem a propriedade de ajudar na depuração do organismo através da libertação das toxinas acumuladas e produzidas pelos excessos do quotidiano.
De alguma forma, os estudos que existem, indicam que tem benefícios no tratamento de uma grande variedade de patologias articulares e musculares.
Esta técnica tem, desta forma, o seu momento olímpico. Principalmente por estar a ser usada por alguns dos atletas mais mediáticos em prova. Afinal, quando se treina durante uma vida para atingir o nível de Phelps, pouco mais há a fazer para melhorar, ainda mais, a prestação.
De volta aos tempos modernos
Mas, como já referido, a Aldeia Olímpica do Rio de Janeiro tem, na sua base, muito mais tecnologia, inovação, para mostrar. Desde comunicações, inovações ao nível das transmissões de TV, sistemas de pagamento. Muita da tecnologia é usada aqui pela primeira vez pelas empresas.
A Visa, por exemplo, patrocinadora olímpica há 30 anos, celebra esta data com uma experiência de pagamentos wearable.
Com aproximadamente 4 mil terminais de pagamento habilitados à tecnologia NFC (comunicação por proximidade) implementados em pontos-chave das instalações Olímpicas, fãs e atletas podem beneficiar de uma série de novas opções de pagamento no Rio 2016, incluindo:
- O Anel de Pagamento Visa: Os 60 atletas da Equipa Visa participantes nos Jogos receberam e podem usar o primeiro Wearable de tokenização com tecnologia NFC, uma das mais recentes inovações da Visa.
- A Pulseira de Pagamento Bradesco: Desenvolvida pela Visa, em associação com o banco brasileiro Bradesco, a pulseira é ajustável, resistente ao suor e à água e pode ser usada em todas as instalações Olímpicas. As pulseiras foram distribuídas por 3 mil fãs selecionados, funcionários e participantes.
- O Relógio Swatch Bellamy: A Visa fez uma parceria com a Swatch para desenvolver e promover o primeiro relógio de pagamento Contacless disponível para os consumidores no Brasil que pode ser adquirido nas lojas dos Jogos Olímpicos.
Mas ainda há tecnologia "antiga" que continua a ser motivo de testes. O New York Times, por exemplo, está a usar o sistema de SMS para comunicar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Quem quiser, pode subscrever este serviço de mensagens para receber as informações enviadas pelo editor de desporto do Times.
A Internet das Coisas continua a fazer o seu caminho e as empresas, cada vez mais, aproveitam estes grandes eventos para testar novas tecnologias, novos aparelhos, novas formas de relacionamento das pessoas com o mundo virtual.