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Web Summit 2018: chuva de criptomoedas, a ‘nova’ Internet e a segurança digital

Web Summit 2018: chuva de criptomoedas, a ‘nova’ Internet e a segurança digital

Em novembro, milhares de visitantes de todo o mundo estiveram em Lisboa, ao longo de três dias, para conhecerem as últimas tendências e desafios da tecnologia. Mas, afinal, o que ficou da terceira edição do evento em Portugal?

 

Atingir o tempo do futuro é algo difícil de concretizar, por estar em constante mutação – o que é hoje o futuro pode amanhã ser uma memória do passado. Ao ritmo acelerado da transformação digital, da revolução tecnológica, a Web Summit 2018 voltou a concentrar especialistas, idealistas e futurólogos em Lisboa, entre 4 e 7 de novembro.

 

Embora o foco da programação esteja sempre na tecnologia, o evento, criado por Paddy Cosgrave, é conhecido pela abrangência de temas em discussão, reunindo painéis que debatem de tudo um pouco: desde política a cultura, passando por alguns dos grandes desafios da Humanidade. Um dos maiores que enfrentamos será, conforme defendeu Sir Tim Berners-Lee (conhecido como o ‘pai da Internet’), a necessidade de criarmos uma convenção internacional que, através de valores comuns, permita tornar a “Internet mais segura” e “livre”.

 

Num momento em que há cada vez mais pessoas, em todo o mundo, ligadas à Web, em que as fake news se multiplicam a grande velocidade e em que os extremismos ganham força, o criador da Internet subiu ao palco principal do evento para apelar a que todos sejam “responsáveis por fazer da Web um lugar melhor”. Para que isso aconteça, Berners-Lee quer criar uma espécie de documento vital para a Internet, que defina valores e princípios que reúnam consenso entre governos, empresas tecnológicas e utilizadores. Só assim, acredita, será possível regular e proteger o espaço comum de todos os ataques a que está vulnerável.

 

Falando em fragilidades, a segurança foi também um dos temas centrais nesta Web Summit. Além de se ter abordado o escândalo da Cambridge Analytica – que utilizou indevidamente mais de 80 milhões de contas pessoais do Facebook -, no palco principal os visitantes puderam assistir ao ataque de um hacker a uma casa inteligente ao vivo e a cores. Tratava-se de Vladislav Iliushi, o pirata informático contratado pela Avast para antever eventuais vulnerabilidades, que mostrou, passo a passo, como é fácil invadir virtualmente uma smart home.

 

Tudo começou com uma simples pesquisa no Shodan, “que é como o Google, mas para a Internet das Coisas (IoT)”, que resultou na escolha de um dispositivo inteligente para iniciar o ataque: uma câmara de vigilância doméstica. A partir daí, e com acesso visual ao interior da habitação, o pirata conseguiu acesso a colunas de som, que, com comandos de voz à distância, começaram a dar ordens aos restantes dispositivos ligados à rede Wi-Fi. Bastaram alguns minutos para que Iliushi conseguisse destrancar a fechadura da porta da frente. “A vossa casa é tão segura como o dispositivo mais fraco. Os hackers têm sempre uma porta de entrada”, disse em tom de alerta, explicando que para o evitar é necessário estar atento às fragilidades dos sistemas de IoT nos dispositivos domésticos, assim como assegurar uma forte defesa da rede Wi-Fi doméstica.

 

Outro momento alto do programa foi a intervenção de Peter Smith, CEO e fundador da Blockchain, a maior carteira de bitcoins. Depois de subir ao palco, o responsável surpreendeu o público com uma ‘chuva’ de criptomoedas, anunciando a oferta de 25 dólares a cada visitante. O donativo foi dado em stellar lummens – cujo valor total de mercado ronda os cinco mil milhões de dólares, segundo o Coin Market Cap –, mas apenas depois de resolvidos vários “problemas técnicos” com a utilização dos códigos promocionais enviados por e-mail aos participantes no evento.

 

As tendências mais marcantes

Ao contrário da moda, que todos os anos tenta criar novas tendências, o mundo da tecnologia reforça-as e desenvolve-as todos os dias. Talvez por isso os temas que continuarão a marcar a agenda setorial sejam os grandes chavões que temos vindo a aprofundar nos últimos anos: blockchain, Internet das Coisas ou inteligência artificial (IA).

 

Esta última tem sido uma das favoritas das empresas, que se têm apressado a criar soluções próprias de IA. No entanto, como vimos através da demonstração do pirata informático da Avast, esta aposta no desenvolvimento pode trazer mais problemas de segurança. A ‘rainha’ da Web Summit, a robô Sophia, é um exemplo de como se procurou aliar a IA ao blockchain em prol da defesa contra hackers – a SingularityNet quer que a sua rede de IA seja alimentada por todos, mas baseia-a em blockchain, para garantir a sua integridade e impermeabilidade a ciberataques. Através da descentralização e distribuição da informação em diferentes ‘gavetas’, torna-se consideravelmente mais difícil perpetrar um ataque bem sucedido à rede.

 

Mas no campo da IA houve outros destaques durante a cimeira tecnológica. Um dos lançamentos aconteceu no stand da Altice, parceira e patrocinadora da Web Summit desde a primeira edição em Lisboa, onde foi apresentada a robô Alice. Trata-se de um equipamento, desenvolvido em parceria com a Follow Inspiration, que permite ajudar a escoar filas de espera nas lojas e, em simultâneo, esclarecer dúvidas ou orientar clientes – para isso conta com “soluções de identificação de pessoas e serviços de follow me”, explica a gigante das telecomunicações. Apesar do entusiasmo geral em torno da IA, existem algumas preocupações da comunidade tecnológica, nomeadamente sobre a forma como os preconceitos individuais e corporativos podem ser incluídos na programação e, consequentemente, afetar os resultados – a este propósito vale a pena recordar o artigo sobre o recrutamento do futuro.

 

No campo da Internet das coisas, foi feito o anúncio oficial da chegada da rede de Narrowband IoT (NB-IoT) da Altice Portugal – recorde, a propósito, o que é o NB-IoT e para que serve neste artigo. A empresa aproveitou a ocasião para dar a conhecer a cobertura nacional assegurada pelas suas infraestruturas, que resultará “num conjunto de soluções para os nossos clientes, sejam eles empresariais ou residenciais”, explicou João Sousa. A inovação promete “trazer mais eficiência e eficácia às organizações e às pessoas, pôr os objetos a comunicar entre si, reduzir custos, recolher mais informação”, conclui o Chief Sales Officer de B2B da Altice. A missão da empresa é, por isso, ajudar as empresas a conectarem o maior número possível de sensores de IoT com recurso à nova solução.

 

Por fim, o blockchain esteve também em destaque durante esta edição de 2018. As aplicações para esta tecnologia são imensas e atingem todos os setores de atividade, embora o seu foco tenha sido primordialmente a banca, as fintech e as bitcoin. Além de ter distribuído dinheiro virtual pelo público, Peter Smith apelou a que as empresas apostem no investimento em “grandes projetos”, porque “ainda há muito para crescer nesta área”. O criador da maior carteira de bitcoin explicou que “o que é importante na nova tecnologia é a forma como tem impacto na vida das pessoas. E nunca irão perceber isso até experimentarem”.

 

Ao fim de três anos de Web Summit em Lisboa, a cimeira tecnológica tem regresso marcado para 2019 e uma promessa de que a estada na capital portuguesa irá manter-se durante os próximos 10 anos.

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