WiFi será o centro das atenções na Web Summit
Desde que se soube que o Web Summit iria realizar-se em Lisboa que a tinta não parou de correr. Escreve-se sobre os números do evento, onde vão estar presentes mais de 50 mil pessoas, com milhões a assistir em direto através das transmissões na internet, escreve-se até sobre a presença de figuras como Luis Figo ou Ronaldinho Gaúcho, dois jogadores de futebol. As Startup portuguesas foram referenciadas cerca de 2 mil vezes nas notícias.
Nas redes sociais, o crescimento de referências sobre o evento, sobre Lisboa, sobre a ocupação hoteleira (que deverá rondar quase os 90%, com diárias perto dos 170 euros), tem vindo a crescer exponencialmente. Há mesmo quem dê conselhos para aproveitar ao máximo as conferências. Afinal, com tanta coisa a acontecer em simultâneo, convém planear com antecedência a que sessões quer assistir.
Quando o WiFi falha, ficamos com a mesma sensação quando abrimos uma torneira e não sai água. Espantados!
Mas, de facto, para Portugal, o impacto é enorme, começando, desde logo, pela imagem da cidade. Divulgar Lisboa como destino turístico, cidade tecnológica e de futuro, onde os turistas são bem recebidos, com espaços para organização de grandes eventos, será a grande mais valia do investimento feito para conseguir "roubar" o evento a Dublin e Amesterdão (que entrou na corrida). Do ponto de vista financeiro, estima-se um retorno de 200 milhões de euros, apenas com a edição de 2016.
No meio de todas as novidades tecnológicas que serão apresentadas, nas discussões sobre novas formas de negócios, sobre o futuro das empresas, os olhos irão estar todos colocados em algo que, hoje em dia, é um dado adquirido para todos: a rede de WiFi. Quando o WiFi falha, ficamos com a mesma sensação quando abrimos uma torneira e não sai água. Espantados!
Mas, tal como devemos estar atentos a este bem essencial, a água potável, o WiFi também precisa de atenção para funcionar em pleno.
Toda a infraestrutura de WiFi do Meo Arena e da FIL, no Parque das Nações, está a ser reforçada e testada até ao limite.
É preciso lembrar que a decisão da Web Summit em sair de Dublin, está relacionada com as condições oferecidas pela cidade (o evento realizava-se em antigas cavalariças, que obrigavam as pessoas a percorrer grandes distâncias para se movimentar entre sessões) mas também com o facto de, na última edição, ter existido uma quebra na rede de WiFi durante o evento. Um "pormenor" que deu muito nas vistas, afinal, este é um evento sobre tecnologia. Pelo que se conhece, a decisão de trazer o evento para Portugal, começou com um email.
Por isso, a par das condições oferecidas pela cidade de Lisboa, a qualidade e fiabilidade do serviço WiFi pesou na decisão da organização da Web Summit. O caderno de encargos é extenso e contempla testes exaustivos que têm sido levados a cabo pela equipa técnica que se encontra no terreno.
Manter esta rede a funcionar, sem constrangimentos, sem quebras de acesso, será de extrema importância. Afinal, hoje em dia, só damos conta do WiFi quando ele falha. Toda a infraestrutura de WiFi do Meo Arena e da FIL, no Parque das Nações, está a ser reforçada e testada até ao limite. A primeira coisa que todas e cada uma das cerca de 50 mil pessoas (e 150 mil dispositivos) esperadas naquele espaço irão fazer, será ligar o WiFi para navegar, enviar tweets, fotos (a famosa selfie ao estilo "mãe estou aqui"), vídeos, diretos no Facebook. Serão milhares de conteúdos enviados em simultâneo pela assistência, mas as necessidades vão mais além.
Centenas de jornalistas irão estar a enviar os seus conteúdos para as redações, hoje em dia com uma enorme necessidade de material de foto e vídeo, a par das transmissões em direto do próprio evento, através da Internet.
Manter em funcionamento esta infraestrutura não será uma tarefa fácil e é necessário testar em situações reais. Por isso, têm sido realizados diversos testes durante alguns eventos realizados no Meo Arena, onde se reúnem milhares de pessoas, como o concerto dos D.A.M.A, por exemplo. Esta é a maior sala de espetáculos do país e tem capacidade para 14 mil pessoas. Durante o Web Summit, nunca é demais lembrar, esperam-se cerca de 50 mil.
O caderno de encargos é extenso mas a grande preocupação da organização é assegurar uma rede sem falhas.
A rede móvel MEO foi reforçada nas zonas do Cais do Sodré e Bairro Alto para assegurar as comunicações durante os períodos do Night Summit.
"A PT, pela sua reconhecida capacidade tecnológica e de Inovação e pela sua experiência de implementação de infraestruturas tecnológicas complexas para grandes eventos nacionais, foi escolhida para infraestruturar a FIL com rede WiFi de última geração, a par da rede já implementada no MEO Arena. Desta forma, a Portugal Telecom está a trabalhar em parceria com o Web Summit, a Fundação AIP, o MEO Arena e as diversas entidades governamentais envolvidas, por forma a assegurar condições de cobertura WiFi de alta densidade e alta disponibilidade, adequadas ao nível de exigência e à dimensão internacional deste evento e que permitirá ter ligados em simultâneo 50 mil pessoas e 150 mil dispositivos", pode ler-se na informação oficial da PT.
Nesta operação, a PT envolveu mais de 100 colaboradores técnicos focados na implementação e reforço da rede de telecomunicações para o Web Summit, num conjunto de cerca de 400 pessoas da PT e seus parceiros, com equipas dedicadas 24 por dia na supervisão e monitorização da rede.
Reforço para a noite
A par das conferências, e como Lisboa é mais do que apenas trabalho, o Web Summit tem também uma componente de lazer noturno que irá centrar-se no Cais do Sodré e Bairro Alto. De forma a evitar quebras nas telecomunicações, a rede móvel foi reforçada nestas áreas para assegurar as comunicações durante os períodos do Night Summit.
O Web Summit é um evento global mas o retorno para e economia portuguesa e local são enormes. Com a edição da conferência de 2016 em Lisboa, espera-se o retorno financeiro que pode chegar aos 200 milhões de euros.
Os setores da restauração, comércio e alojamento contam com efeitos positivos diretos e indiretos. Só para as datas da realização do evento e em Lisboa a procura é quatro vezes superior à de 2015 e já há nove (dos 15) hotéis sugeridos pela organização assinalados como esgotados, de acordo com a dados do Airbnb.
A par destas receitas, é preciso valorizar a imagem do país, transmitida por relatos dos diversos meios de comunicação social que irão fazer a cobertura do evento e pela partilha de experiências dos participantes nas redes sociais.